Presidente Bolsonaro se encontrou com líderes indígenas, numa rápida reunião, na sede da Suframa (Foto: Reprodução/Instagram)
Para o presidente Jair Bolsonaro, o índio – primeiro habitante das terras brasileiras – tem que ser igual a “nós”, se referindo ao homem branco, como ele declarou durante rápida reunião com lideranças indígenas de várias etnias, na manhã desta quinta-feira, 25, quando chegava à sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), na capital amazonense, para participar da abertura oficial da primeira reunião do ano do Conselho de Administração da autarquia.
A afirmação do presidente foi inserida no seu perfil do Instagram. Com um discurso semelhante ao de racismo étnico, Bolsonaro disse às lideranças que o que ele quer para eles é que “sejam iguais a nós”.
O presidente respondeu questionamentos dos índios em relação à melhorias para a população indígena, principalmente no que toca à saúde e na gestão dos sete Distritos Sanitários Especial Indígena (Dsei) do Estado.
Uma das lideranças pediu ao presidente “que nos olhe com muito carinho, principalmente na gestão dos Dseis”, ao passo que Bolsonaro aproveitou para dizer que não pode admitir que Ongs fiquem tutelando os índios e afirmou que quer que eles utilizam suas terras como achar que tem que usar, como a exploração de garimpo, por exemplo.
“Vamos conversar com o Parlamento. Dar realmente o direito de vocês usarem a terra de vocês, exemplo como o homem brasileiro branco a utiliza”, respondeu o presidente a uma pequena plateia de lideranças indígenas.
Bolsonaro, numa espécie de enquete, perguntou ainda aos índios: vocês querem energia elétrica? Médico? Ao que as lideranças responderam, sim!
A reportagem do Amazonas 1 entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, por meio de ligação telefônica, e-mail e mensagem por aplicativo de conversa, para saber o posicionamento do presidente a respeito das declarações. Mas, até o fechamento dessa matéria, não obteve retorno.
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