Manaus, 19 de abril de 2024
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Política

E-mails mostram influência de Lulinha em negócios com prefeitura

Subcontratação da empresa de um dos sócios de Lulinha, para prestar serviços à Prefeitura era vista como “projetos políticos com o governo

E-mails mostram influência de Lulinha em negócios com prefeitura

Reprodução destakjornal

E-mails apreendidos pela Operação Lava Jato mostram que, dentro da Oi, a subcontratação da empresa de um dos sócios de Lulinha, para prestar serviços à Prefeitura do Rio de Janeiro em 2012 era vista como “projetos políticos com o governo” e não deveria ser tratada como uma “prestação de serviços tradicional”.

Lulinha é o filho primogênito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

As correspondências eletrônicas entre funcionários da empresa telefônica indicam ainda que, depois de ter recebido pagamentos da prefeitura no âmbito de um contrato público, a Oi foi cobrada pela gestão do então prefeito, Eduardo Paes, a acelerar repasses de recursos à Gol Mobile, controlada por Jonas Suassuna, sócio de Lulinha.

As mensagens mostram também que a firma de Suassuna sequer havia sido formalmente subcontratada pela Oi para executar serviços em dois contratos firmados entre a prefeitura e a operadora.

Os e-mails foram apreendidos pela Polícia Federal na 69ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Mapa da Mina, que mirou os negócios entre a Oi e empresas ligadas a Lulinha.

Entre as suspeitas dos investigadores está a de que o dinheiro usado na compra do sítio Santa Bárbara, em Atibaia, veio destas empresas, que receberam 132,2 milhões de reais da telefônica entre 2004 e 2016.

Suassuna pagou R$ 1 milhão por uma parte da propriedade; o empresário Fernando Bittar comprou outra parte por R$ 500 mil.

Bittar é irmão de Kalil Bittar, sócio de Lulinha no grupo Gamecorp, que também tinha negócios milionários com a Oi.

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As reformas feitas entre 2010 e 2014 pelas empreiteiras Odebrecht e OAS no sítio, ao custo de R$ 1 milhão, levaram Lula a uma condenação de 17 anos de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), segunda instância da Lava Jato.

O petista foi considerado culpado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

 

(*) com informações da Veja