Reportagem veiculada no Jornal Nacional na noite desta sexta-feira, 13, sobre o recorde de apreensão de contrabandos no país, por meio do Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro, envolve indiretamente o auditor fiscal da Receita Federal de Manaus, Gilson Rodrigues de Souza.
O porto, que atualmente tem cargas apreendidas fruto de contrabando no valor de R$ 1 bilhão, esteve no meio de uma polêmica no início deste segundo semestre, quando houve a tentativa de trocar o atual delegado da Receita Federal que gerencia o local, o auditor José Alex de Oliveira, pelo auditor da Receita, em Manaus.
Conforme a matéria, o delegado Oliveira afirmou que sua possível troca de cargo era uma interferência política por conta do rigoroso trabalho que vem realizando no Porto de Itaguaí, no combate ao crime organizado e do contrabando, em que grupos empresariais usam o porto para dar entrada nesses produtos ilegais no país.
“A troca do comando do porto interessava a grupos que buscavam conter a repressão para liberar as cargas já apreendidas”, diz a matéria televisiva.
A troca do comando do Porto de Itaguaí ficou mais evidente após um boletim interno do dia 10 de julho deste ano informar que José Alex de Oliveira – que está há um ano no local – seria trocado pelo auditor de Manaus, Gilson Rodrigues de Souza.
Para auditores que atuam no porto e membros da força-tarefa que investiga o contrabando, essa troca seria mais uma interferência do governo Bolsonaro nos órgãos de controle do país, a exemplo do que aconteceu mês passado na troca do comando da Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro, em que o presidente queria impor seu “favorito”, o delegado da PF no Amazonas, Alexandre Silva Saraiva.
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