Manaus, 29 de março de 2024
×
Manaus, 29 de março de 2024

Política

Nova pasta intitulada ‘Casa Civil da Infraestrutura’ deve ser comandada por general

Caso esse desenho seja aprovado por Bolsonaro, significará um recuo na proposta inicial de enxugamento com a criação de um superministério de infraestrutura.

Nova pasta intitulada ‘Casa Civil da Infraestrutura’ deve ser comandada por general

O presidente eleito avalia a criação da nova pasta. (Foto: Pedro Ladeira/Folha Press)

O presidente eleito Jair Bolsonaro avalia criar uma “Casa Civil da Infraestrutura” que seria comandada pelo general da reserva Oswaldo Ferreira e vinculada à Presidência da República.

Na última versão desse novo arranjo, Ferreira ficaria responsável pela coordenação dos ministérios dos Transportes e Minas e Energia, que permanecerão no organograma da Esplanada como pastas independentes. O general também cuidará de telecomunicações, área que deve continuar em Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações.

O presidente eleito avalia a criação da nova pasta. (Foto: Pedro Ladeira/Folha Press)

Caso esse desenho seja aprovado por Bolsonaro, significará um recuo na proposta inicial de enxugamento com a criação de um superministério de infraestrutura.

Quem participa das discussões afirma que se chegou à conclusão de que seria muito complicado colocar em um único ministério e sob um mesmo ministro tantas atividades. Isso acabaria criando mais problemas do que soluções.

Por isso, nessa nova configuração, Ferreira deverá passar a atuar como estrategista, tendo um ministro em cada área para implementar suas diretrizes. 

A ideia é que os embates que sempre surgem no desenrolar de projetos sejam decididos pelo futuro ministro Ferreira.

O ex-presidente Lula tentou um modelo parecido ao promover a então ministra de Minas e Energia Dilma Rousseff a chefe do Programa de Aceleração do Crescimento, principal programa de infraestrutura de seu governo.

Apesar do recuo, deve haver enxugamento nas estruturas dos ministérios, especialmente com o corte de cargos comissionados. Nos Transportes, por exemplo, uma das ideias é extinguir a EPL (Empresa de Planejamento e Logística) que seria incorporada ao ministério. Esse desenho deve se repetir no Ministério de Minas e Energia, com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

Essa proposta para a infraestrutura deve ser discutida nas reuniões do grupo de transição nesta quinta-feira (8). Os trabalhos começam a partir das 9h no Centro Cultural Banco do Brasil.

O primeiro grupo discutirá as privatizações, importante pilar da política econômica de Paulo Guedes, futuro ministro da Economia.
No entanto, o comando desse processo de desestatização ficará a cargo do PPI (Programa de Parceria em Investimentos).

Sob Bolsonaro, o PPI também ficará subordinado à Presidência da República mas sob o comando do general Hamilton Mourão.
A ideia do novo governo é vender estatais deficitárias, participações em empresas mas mantendo aquilo que for estratégico.

(*) Com informações da Folha Press