Paulinho da Força era investigado desde abril de 2017, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, abriu inquérito para apurar acusações feitas por Reis contra o parlamentar.
“Para a empresa seria importante ter um aliado nas ‘fileiras trabalhistas’, mormente um ocupante de cargo legislativo influente, Presidente da Força Sindical e de importante partido de defesa dos direitos trabalhistas (Solidariedade).
Em depoimento, Paulinho da Força negou ter recebido os valores assim como ter prometido qualquer tipo de contrapartida em decorrência de doações feitas pelo grupo Odebrecht.
Segundo Paulinho da Força, o seu partido, o Solidariedade, recebeu R$ 2 milhões de empresas ligadas à empreiteira, sendo que sua candidatura recebeu aproximadamente R$ 180 mil. Os valores, afirma, foram devidamente declarados à Justiça Eleitoral.
A Polícia Federal, no entanto, declarou que a versão apresentada pelo deputado “não encontra guarida” nas provas coletadas no inquérito.
“A versão apresentada por Paulinho da Força não encontra guarida quando confrontada com os indícios e provas dos autos, mormente ante a robusta comprovação das entregas, de maneira dissimulada, utilizando-se senhas, códigos, terceiros interpostos, etc., num complexo e arriscado sistema de ocultação de numerário, sem arrimo nas transações bancárias, tão seguras e céleres”, afirma.
A delação de Fernando Reis aponta que o dinheiro era contrapartida por Paulinho da Força ter intermediado o fim da greve da Embraport, em 2013, e de uma invasão à sede da empreiteira em 2014. Segundo o empresário, a solicitação das vantagens indevidas partiu do próprio deputado para financiar sua campanha eleitoral daquele ano.
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