Manaus, 23 de abril de 2024
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Cidades

Hemoam inicia pesquisa sobre eficácia da vacina contra covid-19 em profissionais da saúde

Essa pesquisa também permitirá testar se a vacina disponível é eficiente contra a variante do vírus

Hemoam inicia pesquisa sobre eficácia da vacina contra covid-19 em profissionais da saúde

Foto: Divulgação / Hemoam

Com a ampliação da vacinação contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) para os trabalhadores da saúde que atuam nas Fundações, a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) começou a coletar, desde a semana passada, amostras de sangue dos próprios funcionários. A ação marca a primeira etapa do projeto de pesquisa intitulado “Análise da Resposta Imune e Eficácia da Vacina Contra a Covid-19 em profissionais da saúde da Fundação Hemoam”.

Ao todo, 400 trabalhadores da instituição devem participar voluntariamente do estudo que irá avaliar o comportamento dos anticorpos em amostras de sangue coletadas antes da vacinação ou até cinco dias após a vacinação. A avaliação terá continuidade em outras quatro etapas de coleta: após um mês, três meses, seis meses e 12 meses da aplicação da segunda dose da vacina.

“Vamos realizar coletas periódicas de sangue dessas 400 pessoas com o intuito de estudar a ação do imunizante em diferentes indivíduos: quanto tempo leva para ele ativar as defesas contra o vírus, quanto tempo mantém essas defesas ativas e a memória imunológica para a produção natural de anticorpos”, explicou a doutora em Imunologia e pesquisadora do Hemoam, Adriana Malheiro.

De acordo com a pesquisadora, em meados de abril já será possível obter os resultados preliminares do imunizante. “Após cada coleta de amostras (abril, julho, outubro de 2021 e abril de 2022) vamos poder analisar preliminarmente o comportamento atual dos anticorpos contra o Sars-CoV-2”, disse.

A imunologista, que também é professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), acrescentou que o estudo permitirá também testar se a vacina disponível nessa primeira etapa é eficiente contra a variante do vírus.

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As amostras de sangue dos servidores serão processadas na infraestrutura de análises clínicas e de biologia molecular da própria Fundação Hemoam. Cada amostra será submetida a vários testes, tais como dosagem de anticorpo, citometria de fluxo (para análise de memória e teste de anticorpo neutralizante) e teste de eficácia celular.

“Essa é uma pesquisa de grande importância e contribuição para nosso estado e quiçá para o mundo, uma vez que poderá pautar as instituições de pesquisa, além dos próprios governos estadual e federal, sobre o comportamento não apenas da vacina, mas também do vírus, que ainda é uma novidade para o mundo”, avaliou a diretora-presidente do Hemoam, Socorro Sampaio.

O estudo tem anuência do Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Hemoam (CEP-Hemoam), e conta com a participação de cinco pesquisadores da Fundação, além da pesquisadora Simone Gonçalves da Fonseca, da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da imunologista responsável pelo sequenciamento genético do novo coronavírus, Ester Sabino, da Universidade de São Paulo (USP).

Os pesquisadores do Hemoam envolvidos no estudo são: Adriana Malheiro Alle Marie (coordenadora); Andréa Monteiro Tarragô (copesquisadora principal) Nelson Fraiji (coinvestigador); Socorro Sampaio (coinvestigadora); Myuki Alfaia Esashika Crispim (coinvestigadora). Sônia Rejane de Sena Frantz (coinvestigadora), Maria de Nazaré Saunier Barbosa (coinvestigadora), Claudia Abrahim e Allysson Guimarães.

 

(*) Com informações da assessoria