Manaus, 21 de maio de 2024
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Manaus, 21 de maio de 2024

Cidades

Anestesista preso por estupro é hostilizado por outros presos ao chegar em Bangu 8

O médico também é investigado por mais cinco atos semelhantes ao caso da mulher estuprada na mesa de parto

Anestesista preso por estupro é hostilizado por outros presos ao chegar em Bangu 8

Foto: reprodução/ redes sociais

O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e dormiu pela primeira noite na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, Bangu 8, que é destinada a presos com nível superior.

De acordo com informações da TV Globo, o anestesista chegou à cadeia por volta das 21h15 e os detentos – como forma de protesto – começaram a sacudir as grades, vaiar e xingar Giovanni ao perceberem sua chegada.

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Foto: Reprodução/ TV Globo

O médico também é investigado por mais cinco atos semelhantes ao caso da mulher estuprada na mesa de parto, ocorrido no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti.

Prisão preventiva decretada

Giovanni Quintella Bezerra teve sua prisão convertida de flagrante para preventiva nessa terça-feira (12) após estuprar uma mulher na hora do parto. A delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher, investiga se há pelo menos mais cinco vítimas.

“A gravidade da conduta é extremamente acentuada. Tamanha era a ousadia e intenção do custodiado de satisfazer a lascívia, que praticava a conduta dentro de hospital, com a presença de toda a equipe médica, em meio a um procedimento cirúrgico. Portanto, sequer a presença de outros profissionais foi capaz de demover o preso da repugnante ação, que contou com a absoluta vulnerabilidade da vítima, condição sobre a qual o autor mantinha sob o seu exclusivo controle, já que ministrava sedativos em doses que assegurassem a absoluta incapacidade de resistir”, afirmou a juíza Rachel Assad.

A magistrada destacou, ainda, o trauma gerado para a vítima.

“Em um parto onde a mulher, além de anestesiada, dava luz ao seu filho – em um dos prováveis momentos mais importantes de sua vida – o custodiado, valendo-se de sua profissão, viola todos os direitos que ela tinha sobre si mesma. Portanto, o dia do nascimento de seu filho será marcado pelo trauma decorrente da brutal conduta por ele praticada, o que será recordado em todos os aniversários”, completou.

Com a mudança do status da prisão, o médico ficará preso por tempo indeterminado, tendo sua situação reavaliada se ultrapassar 90 dias. Neste tempo, o inquérito policial poderá ser concluído e entregue ao Ministério Público que decidirá pela denúncia ou não, e pela manutenção da prisão.

(*) Com informações do G1