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Após chegar ao topo do pop, Halsey quer indie sem pretensão de volta

"Foi a minha primeira música a tocar muito no rádio. Fiquei muito feliz, mas também meio triste. O que eu lancei antes não era tão bom?", diz a cantora

Após chegar ao topo do pop, Halsey quer indie sem pretensão de volta

Halsey. (Foto: Divulgação)

Halsey, 24, foi alçada ao sucesso em 2016, quando deu voz à música “Closer”, do trio de EDM The Chainsmokers. Antes de estourar com um hit praticamente inescapável, contudo, ela já tinha um disco e estava se estabelecendo como uma cantora de indie pop em uma gravadora de médio porte.

“Foi a minha primeira música a tocar muito no rádio. Fiquei muito feliz, mas também meio triste. O que eu lancei antes não era tão bom?”, diz a cantora americana, que está no Brasil para uma apresentação na premiação Miaw, da MTV, gravada na quarta (3), e outra no Cine Joia, na sexta (5), com ingressos esgotados.

“Fui de alguém que gravava músicas no quarto para fazer shows imensos, promoção em rádio e várias coisas às quais tive de me adaptar muito rápido”, ela conta.

Halsey acabou de lançar “Nightmare”, single que antecipa seu terceiro álbum, previsto para este ano. Apesar da estética inegavelmente pop, a música é cheia de gritos e tem uma pegada de rock alternativo, influência da fase indie da cantora que foi deixada de lado em seus anos comerciais.

Enquanto “Badlands” (2015) era “mais para ouvir no quarto ou tranquilo andando de carro”, “Hopeless Fountain Kingdom” (2017) –seu álbum dançante posterior a “Closer”–, foi direto para o topo das paradas americanas.

“Sem ‘Closer’, eu teria feito um disco meloso. Graças a ela, vi gente dançando minha música em baladas, ruas e festivais. Isso me faz querer fazer música para as pessoas dançarem'”, lembra Halsey.

Nos últimos quatro anos, a cantora já viveu a experiência de ser uma cantora de médio porte e também a de bater o recorde de vídeo mais assistido do YouTube em 24 horas (com “Boy With Luv”, parceria da boyband coreana BTS com ela).

Mas, segundo Halsey, seu próximo trabalho está mais para um resgate –o que significa a volta da despretensão e das influências roqueiras. “Quero fazer algo mais nervoso e barulhento. Minhas músicas estavam muito doces, com a voz delicada. Quero gritar um pouco”, diz.

Sua intenção é chegar a um pop agressivo o suficiente para combater a pecha de estrela teen a qual seu nome está atrelado (não à toa, é convidada internacional de uma premiação jovem da MTV).

Não quer dizer que agora Halsey vai aparecer com guitarras distorcidas. Até por que, para ela, música pop em 2019 tem um significado muito mais fluido do que no passado.

“Você tem o Lil Nas X com uma música de country-rap, Billie Eilish faz um indie-pop influenciado por hip-hop, os Jonas Brothers fazendo músicas suingadas”, ela cita. “Música pop é reflexo do mundo e, agora, estamos mais cientes das experiências de pessoas diferentes de nós.”

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A própria Halsey, quando veio ao Brasil para cantar no Lollapalooza, ficou encantada com o funk, depois de ir a uma festa com as amigas Anitta e Pabllo Vittar.

“Amo o Brasil porque as pessoas têm heróis locais. Estávamos eu, Skrillex e Diplo, normalmente ficariam enlouquecidos com essas celebridades”, diz. “Mas a pessoa mais importante no cômodo era um garoto de 16 anos, o DJ. Isso é incrível.”

 

(*) Com informações da Folhapress