Manaus, 29 de março de 2024
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Manaus, 29 de março de 2024

Economia

Organizações sociais lançam marca coletiva para comercialização de produtos amazônicos

A nova marca surge por meio do Cidade Florestais, projeto do Idesam financiado pelo Fundo Amazônia/BNDES

Organizações sociais lançam marca coletiva para comercialização de produtos amazônicos

Foto: Idesam

Em parceria com associações e cooperativas do Amazonas, o Idesam lança nesta quarta-feira (19) uma marca coletiva criada para comercializar produtos florestais amazônicos. A Inatú nasce para levar produtos amazônicos sustentáveis com impacto social ao mercado nacional, beneficiando pelo menos 2,5 mil pessoas envolvidas na iniciativa.
As comunidades parceiras do projeto têm agora a oportunidade de comercializar óleos vegetais com uma maior industrialização e em maiores lotes de produção, valorizando ainda mais o trabalho das famílias que vivem do extrativismo.
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A nova marca surge por meio do Cidade Florestais, projeto do Idesam financiado pelo Fundo Amazônia/BNDES que busca fomentar o uso múltiplo da floresta como fonte de economia sustentável na região. Em menos de dois anos, o projeto apoiou a comercialização de R$ 1 milhão de reais em óleos amazônicos, mostrando o potencial da geração de renda a partir de produtos extraídos de forma sustentável.

Neste primeiro momento, a Inatú será lançada com quatro produtos em seu portfólio, feitos a partir da copaíba, andiroba, café verde e breu. Com a Inatú e a venda destes produtos fracionados, estas famílias extrativistas conseguem chegar ao consumidor final, por intermédio de revendedores, pequenas e médias empresas que queiram ser parceiras da marca.

A nova marca será administrada pelas próprias comunidades ribeirinhas do Amazonas, localizadas na região de Lábrea, Silves, Carauari, Apuí e na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã.

A Inatú representa mais um passo que o Cidades Florestais dá no apoio a essas comunidades, da extração ao beneficiamento de insumos popularmente conhecidos, mas que agora são utilizados para fins além dos tradicionais e com processos produtivos mais modernos.

“A visão do projeto é justamente demonstrar que a floresta pode gerar mais renda do que as comunidades imaginam, despertando o empoderamento e o interesse em novas atividades econômicas. Além disso, os consumidores poderão rastrear a origem dos produtos amazônicos vendidos com a marca Inatú, todos certificados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”, afirma Louise Lauschner, responsável pelo marketing e vendas da marca.

O elo mais importante na cadeia de produtos florestais é o impacto que estas atividades possui na vida das famílias produtoras, já que no fim das contas é o que determina a qualidade do produto. Um óleo ou outro produto final extraído da floresta só terão qualidade se as boas práticas forem feitas desde o início da cadeia produtiva e isso passa principalmente pelos benefícios sociais às comunidades.

“O trabalho para melhor estruturar as cadeias e buscar novos clientes tem gerado resultados animadores e mostram o potencial dos negócios que respeitam a floresta”, destaca André Vianna, gerente do Idesam e responsável pelo Cidades Florestais.

O evento de lançamento será realizado totalmente online, na próxima quarta-feira (19/agosto), no canal oficial do Idesam no YouTube, às 19h (horário de Manaus). A transmissão irá contar com a participação de representantes das comunidades envolvidas.

Sobre o Cidades Florestais

Em 2018 foi iniciado o projeto Cidades Florestais, executado pelo Idesam com apoio do Fundo Amazônia/BNDES. O projeto tem como propósito fomentar a produção florestal familiar e comunitária do Amazonas, tanto madeireira quanto não-madeireira. Dentre as atividades do projeto Cidades Florestais está a realização de intercâmbio nacional e internacional para a troca de experiências e aprendizados sobre a cadeia de comercialização e produção de produtos originários do extrativismo.

O fomento à produção florestal de uso múltiplo é desenvolvido pelo projeto por meio diversas ações, como: a implantação de plataforma digital e aplicativo de apoio à gestão da produção comunitária; implementação de novos equipamentos e maquinários para a atividade florestal; elaboração de planos de manejo florestais; instalação de duas novas miniusinas e apoio estrutural a outras três já existentes.

*Com informações da assessoria