Empreendimento do Reserva Morada, em Manaus, está sob a responsabilidade da Construtora Rossi (Reprodução/Internet)
Da Redação
A Construtora Rossi Residencial, com sede em São Paulo, está descumprindo contratos de rescisões com clientes de Manaus (AM) após sua ruptura com a Construtora Capital, sediada na capital amazonense, cuja divisão foi anunciada no dia 29 de agosto deste ano.
Ex-clientes entraram em contato para reclamar da falta de respeito dos funcionários da Rossi na cidade amazonense com as pessoas que aguardam receber valores de contratos rescisórios há seis meses. Segundo eles, funcionários da própria empresa, que não quiseram ter seus nomes divulgados, revelaram que a construtora não tem dinheiro para pagar as rescisões por conta do acúmulo de dívidas com imóveis que a empresa não conseguiu vender em Manaus e estão “encalhados” no mercado.
Quando ocorreu o encerramento da parceria entre as construtoras Capital e Rossi há quatro meses, o grupo decidiu dividir, também, a responsabilidade dos empreendimentos que as duas empresas haviam construído juntos desde 2010. A responsabilidade previa, também, o pagamento de contratos rescisórios de clientes que desistiram dos empreendimentos por algum motivo.
Ocorre que os compromissos da Rossi firmados com clientes em Manaus não estão sendo cumpridos. Esse foi o caso de um cliente do Contrato Nr. 224049, do empreendimento Reserva Morada, no bairro Aleixo, zona Centro-Sul de Manaus. Ele apresentou à reportagem um documento no qual a empresa se comprometeu, em julho deste ano, a iniciar um pagamento rescisório de R$ 24 mil, parcelado em quatro vezes, no valor de R$ 6 mil, a começar do dia 26 de novembro deste ano, contudo, o pagamento não foi efetivado. Ao procurar a empresa, ele descobriu que o mesmo problema ocorreu com dezenas de pessoas.
O cliente do Contrato 224049 disse que fez várias chamadas no Setor de Atendimento ao Cliente da empresa (0800), mas não obteve retorno, sendo obrigado a procurar o escritório da Rossi, no Edifício Skye Platinum Offices, na Avenida Darcy Vargas, bairro Chapada, na zona Centro-Sul de Manaus, na semana passada. No local, foi atendido pela funcionária identificada por “Alice”, a mesma pessoa que assinou o contrato rescisório em julho deste ano e se comprometendo a fazer o pagamento em novembro.
Atendimento Irresponsável
Alice afirmou que por conta do encerramento das duas empresas (Capital e Rossi), o Financeiro da Rossi estava reavaliando os pagamentos e prometeu dar um retorno para o cliente com a data de pagamento e chegou a dizer, na ocasião, que o depósito pendente poderia ocorrer nesta semana (até o dia 15 de dezembro). O pagamento não foi efetivado e o cliente não obteve nenhum retorno. O mesmo cliente afirmou, ainda, que tenta contato com o gerente do escritório, mas ele não é encontrado no local.
Tanto o cliente do Contrato 224049 como outros clientes estão se reunindo para formar uma comissão contra a Construtora Rossi a fim de entrar com uma Ação Coletiva por danos morais e financeiros contra a empresa, na Justiça, nos próximos dias.
A reportagem tentou ouvir a Construtora Rossi, mas não obteve retorno.
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