Manaus, 19 de maio de 2024
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Manaus, 19 de maio de 2024

Política

‘Lula não pode fazer alianças a qualquer preço’, diz Erundina

Ex-prefeita de São Paulo resiste à ideia de uma chapa entre Lula e Alckmin nas eleições de 2022

‘Lula não pode fazer alianças a qualquer preço’, diz Erundina

Foto: reprodução

Brasília/DF – A deputada federal Luiza Erundina (Psol-SP) diz ver com reserva a possibilidade do ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) ser vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições para presidente em 2022.  Para a ex-prefeita de São Paulo, o petista não pode fazer alianças “a qualquer preço”. Deu a declaração em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo nesta terça-feira (28).

Ao ser questionada sobre uma estratégia para derrotar o presidente Jair Bolsonaro, a congressista disse: “Não pode ser a qualquer preço. Não pode ser a preço de conciliações que não permitirão que se façam as reformas de que o país precisa. Precisamos recuperar aquilo que se perdeu ao longo de três anos de Bolsonaro. A busca de governabilidade não pode levar a conciliações que não servem para construir um outro país.”

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Segundo Erundina, não é questão de nomes. “Não tenho nada contra a pessoa do ex-governador [Alckmin], mas o partido do qual ele fez parte a vida inteira é conciliador de primeiríssima hora. Todo governo, seja qual for, tem tucano nele. Lembremos que o [governador João] Doria apoiou o Bolsonaro. O modelo histórico do PSDB é de governos privatistas, neoliberais, de Estado mínimo e que subordinam o Legislativo.”

Na entrevista, a deputada também fez críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e a aprovação do Orçamento de 2022. O relatório definiu que o Fundo Eleitoral, usado para financiar as campanhas, será de R$ 4,9 bilhões. O valor é menor do que os R$ 5,7 bilhões inicialmente calculados, mas ainda considerado alto para a sua finalidade.

“Quem governa o país não é Bolsonaro, com as bobagens que ele faz todo dia. Quem governa, comprometendo o futuro do país, seu patrimônio, sua soberania, é sem dúvida nenhuma Lira e [Paulo] Guedes. Os dois têm uma base de sustentação alimentada a preço de ouro, haja vista o quanto se destinou no Orçamento para as emendas de relator, mais de R$ 16 bilhões.”

Hoje, aos 87 anos, Erundina está licenciada da Câmara a fim de evitar contaminação por covid-19. Ela mantém suas atividades de forma remota. 

(*) Com informações do Poder 360

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