Manaus, 22 de maio de 2024
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Política

Ministro da Defesa nega que militares atuem com viés ideológico e político

“As Forças Armadas desempenham hoje o papel que os senhores desejam", disse o ministro da Defesa José Múcio

Ministro da Defesa nega que militares atuem com viés ideológico e político

José Múcio defendeu Forças Armadas na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Brasília (DF) – O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, negou que os militares brasileiros se conduzam por viés ideológico e participem da política. O ponto de vida do ministro foi mostrado em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) nesta quinta-feira (4).

O ministro estava acompanhado dos comandantes das Forças Armadas e respondeu, aos senadores, questionamentos sobre projetos e perspectivas da Pasta, em especial sobre a preocupação com a defesa cibernética, visto que o Brasil foi o segundo país que mais recebeu ataques em 2022.

Questionado pelo presidente da CRE, Renan Calheiros (MDB-AL), o ministro José Múcio disse que “tem sido extremamente louvável a atuação das Forças nos últimos episódios que presenciamos”.

“As Forças Armadas desempenham, hoje, o papel que os senhores desejam, que a sociedade brasileira deseja. No campo da política, nós apresentamos ao governo um projeto onde a questão militar e política seria absolutamente separada, com todo o respeito às duas atividades. (…) Queria enfatizar que em momento nenhuma as Forças Armadas têm participado de política. Temos tido uma atuação conjunta, permanente e dedicada com todos os comandantes, o Estado Maior e os três comandantes, para que nossas atividades sejam voltadas para dentro das Forças”, disse Múcio.

Investimentos

O ministro pediu ajuda aos senadores para o aumento dos investimentos na área de defesa nacional. A demanda principal do Ministério e das Forças Armadas é atrelar o orçamento para a defesa ao produto interno bruto (PIB). Hoje, os recursos da pasta são de 1,1% do PIB, mas não há vinculação.

“Temos muito orgulho do que somos, mas muita preocupação sobre o que precisamos ser. (…) Primeiro, nós queríamos que houvesse uma fixação [do orçamento], independente de governo. Precisamos fazer planos para o futuro, planejamento, sem que haja interrupção”, afirmou o ministro, que também defendeu o fomento da indústria nacional de defesa.

O governo, segundo o gestor, já sinalizou para que o ministério apresente proposta de crescimento gradativo dos recursos com relação ao PIB, de forma que alcance aos poucos o mínimo de 2%, percentual recomendado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Para Múcio, é preciso fazer entender que a produção e a aquisição de produtos, como aviões e submarinos, “são o caminho de desenvolvimento para a sociedade. Ele salientou que esse tipo de compra e venda sempre passa pela diplomacia brasileira.

(*) Com informações da Agência Senado

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