Manaus, 4 de maio de 2024
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Cenário

Omar cobra investigação sobre ‘minuta do golpe’ e manda indireta para Menezes

Omar criticou aqueles que pedem a volta dos militares no poder e quem participou de atos contra o resultado das eleições

Omar cobra investigação sobre ‘minuta do golpe’ e manda indireta para Menezes

Senador pelo Amazonas, Omar Aziz cobrou medidas contra atos antidemocráticos (Foto: Divulgação/assessoria)

BRASÍLIA – O senador Omar Aziz (PSD-AM) cobrou, nessa sexta-feira (13), a investigação sobre a origem de um documento encontrado na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. A minuta visava mudar o resultado das eleições. Aziz também cobrou que incentivadores de atos antidemocráticos sejam punidos, inclusive, no Amazonas.

Na avaliação de Omar, o documento deixa a situação do ex-ministro e do ex-presidente Jair Bolsonaro mais delicada. Ele vê a minuta como uma uma confirmação dos anseios golpistas do grupo político derrotado nas últimas eleições.

“Não tenha dúvida que esse documento compromete a situação do ex-ministro. Ele vai ter que dizer quem fez esse documento; porque ele levou para casa para analisar; qual era o contexto do documento. Apesar do que ele tem falado, nada está fora do contexto nessa história. O Anderson Torres tem muito a explicar”, destacou o senador.

Omar ressaltou que esta não é a primeira ação em que o Governo Bolsonaro tenta alcançar seus objetivos escusos por meio da “canetada”. Aziz criticou também aqueles que pedem a volta dos militares no poder e ainda mandou uma indireta para o ex-candidato ao Senado, Coronel Alfredo Menezes (PL).

“No meu Estado (Amazonas) ninguém foi preso, mas tem muito coronel da reserva que estava incentivando, pedindo o golpe e estão aí soltos impunemente. Não interessa para mim se é civil ou militar: quem participou dessas manifestações golpistas e incentivou esses movimentos precisa ser responsabilizado”, completou o senador, ao lembrar que as Forças Armadas não constituem um poder e precisam estar a serviço da população brasileira.

Nas Eleições 2022, Menezes disputou o Senado pelo Amazonas com o apoio do ex-presidente Bolsonaro e teve 39,17% dos votos, enquanto Omar foi reeleito com 41,14% dos votos.

Após a derrota de Bolsonaro, Menezes chegou a participar da manifestação contra o resultados das eleições em frente ao Comando Militar da Amazônia (CMA). Ele não defendeu abertamente nenhum tipo de intervenção, mas apoiou as manifestações.

Estado de Defesa

De acordo com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o estado de defesa é um instrumento que o Presidente da República pode utilizar, após ouvir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, com o fim de preservar ou prontamente restabelecer em locais determinados a ordem pública ou a paz social.

O instrumento prevê a aplicação em casos graves de iminente instabilidade institucional ou em situação de calamidade de grandes proporções na natureza. A defesa de Anderson Torres negou que a autoria da minuta de decreto tenha sido do ex-ministro, mas não apontou sua origem.

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