Manaus, 4 de maio de 2024
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Brasil

Paciente sai de clínica com luva no lugar de bolsa de colostomia: ‘constrangido’

O homem foi informado pelo médico que a clínica estava sem o item e colocaria uma luva em substituição

Paciente sai de clínica com luva no lugar de bolsa de colostomia: ‘constrangido’

(Foto: Reprodução/ Arquivo pessoal)

CURITIBA – João Carlos dos Santos, 35 anos, teve uma luva cirúrgica colocada no lugar de uma bolsa de colostomia em uma clínica particular de Curitiba (PR). O homem precisava do dispositivo para um procedimento pós-operatório no rim e, ao procurar a instituição de saúde, foi informado pelo médico que a clínica estava sem o item e colocaria uma luva em substituição.

O paciente contou que não entendeu bem os riscos e aceitou a aplicação. Porém, após chegar em casa e se deparar com o incômodo causado, disse que “caiu a ficha”. Conforme o site G1, o paciente teve uma série de transtornos.

“O médico falou que era medicina de guerra e colocou uma luva improvisando o procedimento. Saí do hospital com aquela luva pendurada na barriga, vazando muito. Em casa, eu não tinha controle. Fiquei encharcado de secreção… Minhas roupas e cobertores ficaram todos molhados”, contou.

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João Carlos usava um dreno para eliminar secreções do procedimento operatório. A indicação de colocar a bolsa de colostomia veio quando o curativo passou a ser insuficiente para sustentar a drenagem por causa da quantidade de líquido eliminada.

Segundo ele, procedimento era temporário, uma vez que o médico pediu para vê-lo novamente no outro dia. Mesmo assim, João admitiu ter se sentido constrangido.

“Não quero que outras pessoas passem por situações semelhantes. Fiquei entristecido e muito chateado. Eu me senti totalmente desrespeitado por receber esse tipo de atendimento”, afirmou.

Reposição

Incomodado com o dispositivo precário, o paciente disse que substituiu a luva no mesmo dia, por intermédio de uma amiga que trabalha em um hospital da capital paranaense. Ela conseguiu uma bolsa de colostomia para ele.

“Como não tinha a bolsa de colostomia, ele improvisou e, no momento, eu até me achei bem acolhido, ele estava sendo simpático. Depois que caiu a ficha, pensei: ‘Cara, o que eu estou fazendo com isso aqui?’. Aí, pedi ajuda para uma amiga”, relatou.

João Carlos disse que, até esta terça-feira (11), só fez reclamação sobre o caso para a empresa que administra a clínica.

Em nota ao site Metrópoles, a empresa lamentou o ocorrido e disse que desligou o médico da equipe. Também afirmou que o paciente está bem e que todas as demandas dele “estão assistidas”.

“Assim que houve conhecimento dos fatos, o médico foi desligado, o paciente, acolhido, e todas as demandas estão assistidas.O paciente está bem e em continuidade ao seu tratamento ambulatorial. A companhia preza pelo bem-estar do paciente sempre e está em contato direto e à disposição do beneficiário para melhor assisti-lo”, informou.

(*) Com informações do Metrópoles