Manaus, 19 de abril de 2024
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Artigos & Opinião

Pandemia, Lockdown, Vacinação e Desemprego

Pandemia, Lockdown, Vacinação e Desemprego

Pandemias já aconteceram em outros tempos, a história da humanidade nos prova isso. Mas então, o que diferencia da atual?

Certamente, a sensação de que o mundo está, ao mesmo tempo, de pernas pro ar, com pequenas diferenças aqui e acolá, decorrente da velocidade da vida digital, ligando instantaneamente gregos, troianos, caipiras ou caboclos.

E a gestão pública? Nome bonito pra descrever o que nossos prefeitos, governadores e presidente do mundo todo deveriam fazer com eficiência, e aí começam nossos problemas. Especialmente no Amazonas e Manaus, onde nossos políticos que sentam na cadeira, passam seus mandatos gastando o recurso público, nomeando para as inúmeras secretarias, a dita máquina pública, suas namoradas, amantes, amigos, apaniguados, sim, os ditos amigos do rei, toda essa corja que sabe que recebem salários e nada fazem, deixando de aplicar recursos preciosos principalmente na saúde, educação e infraestrutura.

Não temos problema de arrecadação, também com essa carga tributária nas nuvens, e sim, em como os recursos são gastos, hoje, atendendo o interesse dos governantes, trazendo-lhes poder, permitindo sua reeleição, e aí, mais poder, juntamente com todo seu bando, quero dizer, “partidos” que formam o dito arco de alianças “pra inglês ver”…não, para o Cidadão que deveria ver.

Pandemias acontecem, pelo menos uma por século, e secretarias, dirigidas por chefes do bando que saqueiam, isso mesmo, roubam o dinheiro público, eliminando postos médicos, remédios, equipamentos, oxigênio, dentistas, fisioterapeutas, e tantos recursos necessários, mostrando a face triste da incompetência e má-fé, tirando vidas e provocando enterros coletivos, humanos tratados como bichos, acontecem todos os dias de nossas vidas.

E aí, o que fazer? Lockdown… “paralisa tudo”, o famoso “fica em casa”, porque os governos perderam o controle, quando deveria sim, lutar dando o exemplo, planejar, estruturar hospitais e implementar política pública de saúde, orientando todo cidadão a usar máscara, eliminar aglomerações, festas nem pensar, cuidando em casa dos idosos, daqueles que tem doenças pré-existentes, mas orientando todos aqueles que precisam e podem, a trabalhar, esses sim nossos heróis, aliás, sem vendas, trabalho e produção, não tem solução.

Investir todo e qualquer recurso, aproveitando a enorme capacidade instalada no Brasil, capaz de vacinar 1 milhão de pessoas por dia, é o caminho para devolver alguma normalidade à vida atual, que jamais será como antes. E os efeitos colaterais da pandemia, potencializados por anos de desvios, saques do recurso público e desmandos de nossos dirigentes, virá de muitas formas, dentre elas a face nefasta do desemprego, que já atinge, no primeiro ano, mais de 14 milhões de pessoas, reduzindo em 1 ano a expectativa de vida nos Estados Unidos, e no Brasil e países mais pobres, em mais de 2 anos, triste, muito triste.

E aí, tem solução? Ela é construída a cada 2 anos, quando vamos às urnas escolher nossos representantes. Sim, nesse exato momento, quando você fica de frente com a urna, não importa se você é milionário ou não tem nenhum tostão, se é doutor ou mal sabe escrever seu nome, naquele momento do voto, você é o cara. Faça isso valer, eliminando os pilantras que nos escravizam, trazendo o oxigênio, com tempero de boa-fé na escolha certa de nossos gestores públicos. Dias melhores virão sim, se ajudarmos a construí-los. Que Deus nos abençoe.

 

*Romero Reis é major da reserva do Exército, engenheiro e dono da construtora e incorporadora RD Engenharia. Durante a carreira militar, serviu em Manaus e foi o responsável técnico de obras do Exército nos estados da Amazônia Legal durante dez anos. Foi também presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Manaus.