O Parlamento do Mercosul (Parlasul) decidiu pela permanência dos parlamentares venezuelanos no bloco, em sessão nesta segunda (27), realizada em Montevidéu, no Uruguai. A reunião prossegue nesta terça-feira (28).
A votação contraria decisão diplomática. Em dezembro, chanceleres do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai decidiram suspender a Venezuela do Mercosul após o governo de Nicolás Maduro não cumprir as obrigações assumidas quando se incorporou ao bloco, em 2012. O Parlasul informará ao Conselho do Mercado Comum a sua decisão.
Para o deputado Rocha (PSDB-AC), integrante da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, “a participação da Venezuela, mesmo o país atravessando uma grave crise, é importante para o fortalecimento do bloco”.
“A Venezuela tem um papel estratégico no Mercosul e nós não podemos, por circunstâncias de uma crise, afastar o país”, disse. “Também não podemos esquecer que a Venezuela assinou um compromisso democrático, e esse compromisso precisa ser respeitado”, acrescentou Rocha.
Condições para exercer o mandato
O Parlasul pedirá ao governo venezuelano que garanta aos parlamentares do país todas as condições necessárias para o exercício de seu mandato no Parlamento do Mercosul. Segundo o deputado Rocha, o governo venezuelano cassou o passaporte de parlamentares da oposição, que integravam a representação do país no Parlasul.
“Isso certamente complica a situação da Venezuela, já que o presidente tenta fazer uma minoria se transformar, dentro do Parlamento do Mercosul, numa maioria”, afirmou Rocha. Dos 23 deputados venezuelanos no Parlamento do Mercosul, seis seriam ligados ao governo; e o restante, oposicionistas.
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