A polícia confirmou que o estudante e ativista LGBT foi morta ao sair de uma festa no Bairro Encantado, Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com relatos, ela entrou em surto-psicótico, tirou as roupas, saiu correndo e falando frases desconexas pela comunidade e foi encontrada pelos bandidos nua e transtornada na entrada na comunidade, onde foi capturada, ouvida e depois executada.
“Ele foi levado aos traficantes para tentar explicar ali o porquê da situação e não conseguiu se defender ao ponto de ser liberado. E o mataram sem qualquer justificativa (…) Ele foi julgado, tentou se defender, mas segundo moradores ele continuava falando as frases desconexas. Ele não tinha consciência de que ele estava passando por um ‘tribunal’ e, por essa razão, foi morto”, explicou ao RJTV a delegada Ellen Souto, da Delegacia de Paradeiros.
Dias antes de ser morta, Matheus falou sobre a busca por um novo local para morar. (Foto: Matheus Passarelli/ Facebook)
Matheus se identificava como não-binário – sem escolha de sexo masculino ou feminino – e era militante da causa LGBT. Em um desabafo nas redes sociais, o irmão dela pediu para que os trabalhos de Matheus não sejam esquecidos.
“Precisamos cuidar e manter a imagem e a memória da Matheusa”, escreveu o irmão.
Corpo queimado
Os policiais consideram que há “fortes indícios” de que o corpo da estudante tenha sido queimado após a execução por traficantes.
“O corpo do Matheus não foi encontrado. Nós acreditamos que ele tenha sido efetivamente incinerado, mas as investigações prosseguem para saber o que aconteceu dentro da festa, o que motivou esse surto e chegar à autoria do crime”, explicou a delegada.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.