Manaus, 18 de maio de 2024
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Cidades

Serviços de terapias alternativas vão ser oferecidos a idosos

Serviços de terapias alternativas vão ser oferecidos a idosos

Susam (Reprodução)

A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) está preparando a rede de  Centros de Atenção Integral à Melhor Idade (CAIMIS), especializada no atendimento ambulatorial ao idoso, para oferecer tratamentos alternativos, conhecidos no Sistema Único de Saúde (SUS) como Práticas Integrativas e Complementares (PICs).

(Foto: Divulgação)

Tratam-se de recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir e tratar diversas doenças, como, por exemplo, depressão e hipertensão. 

Por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), o Ministério da Saúde (MS) habilitou 29 procedimentos que podem ser usados como terapia, na rede de assistência básica do SUS. No rol das PICs habilitadas estão tratamentos como homeopatia, medicina tradicional chinesa, aromoterapia, terapia de florais, meditação, tratamento quiroprático, acupuntura, auriculoterapia, yoga, entre outros.

Atendimentos

De acordo com o MS, em 2017, foram realizados mais de 1,4 milhão de atendimentos aos usuários do SUS usando essas práticas. No Amazonas, a PNPIC começa a ser implantada por meio de uma coordenadoria ligada ao Departamento de Atenção Básica e Ações Estratégicas (Dabe) da Susam. 

A coordenadora da PNPIC no Amazonas, Lurdes Siqueira, afirma que a primeira fase do trabalho é apresentar a política aos três CAIMIs e identificar profissionais que tenham conhecimento de algumas das 29 práticas reconhecidas pelo Ministério da Saúde e que já atuem nas unidades. 

“Fizemos o encontro dos três serviços, junto com os gestores, passamos toda a política para eles. E estamos ajustando em cada lugar, para aprimorar mesmo. O próximo passo é retornar aos CAIMIs para propormos a implantação da primeira prática”, explicou Lurdes. 

Tradição reconhecida

Segundo Lurdes Siqueira, as Práticas Integrativas e Complementares ganham status do Ministério da Saúde como política a partir do reconhecimento de que muitas das doenças podem ser tratadas e até mesmo evitadas por meio de práticas tradicionais. 

Além dos benefícios comprovados por estas práticas, a implantação desta política leva em conta também o baixo custo na sua execução, pois dispensam o uso de alta tecnologia, medicações de alto custo, entre outras vantagens. 

“A ciência médica é uma das mais caras do mundo. Então, a alternativa mundial é mudar isso, onde tem a comprovação em outros países dos benefícios dessas práticas integrativas”, afirma Lurdes.

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares foi criada em 2006. Naquele ano, eram ofertados apenas cinco procedimentos. Em 2017, o Ministério da Saúde incorporou mais 14 atividades.

Com mais dez incorporadas este ano, o Brasil passa a oferecer as seguintes práticas aos usuários do SUS: ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia, yoga, apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais.

Segundo o Ministério da Saúde, a acupuntura é a prática mais difundida no país. Em segundo lugar estão as práticas de Medicina Tradicional Chinesa, como taichi-chuan e liangong. Em seguida aparece a auriculoterapia.

*Com informações da Assessoria