Manaus, 3 de julho de 2024
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Manaus, 3 de julho de 2024

Cidades

Servidores de várias categorias iniciam protesto em frente à sede do governo

Profissionais da área de saúde, segurança, educação e outras áreas prometem se manter firmes enquanto o governador não revogar a Lei 198/2019

Servidores de várias categorias iniciam protesto em frente à sede do governo

Foto: Bruno Pacheco/Amazonas1

Com início às 8h30, aproximadamente 200 servidores públicos da Saúde, Educação, Segurança e demais áreas, começaram a manifestação em frente à sede do governo, na zona Oeste de Manaus, prevista para durar dois dias, em protesto contra a Lei 198/2019, do Governo do Amazonas, que congela o salário dos servidores por dois anos.

A Lei 198/2019 foi aprovada pelos deputados da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) no mês passado e prevê o congelamento de salário por dois anos. Como consequência, servidores de todo o Estado estiveram no dia 24 de julho, no primeiro Ato Público, para pressionar o governo e pedir a revogação do projeto. Esta é considerada a primeira manifestação na história em que trabalhadores de diversas áreas se unem para uma paralisação que afeta todas as categorias do Estado.

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Para a coordenadora do Sindicato dos Professores e Pedagogos das Escolas Públicas do Ensino Básico de Manaus (Asprom/Sindical), Helma Sampaio, nessas duas semanas de espera, os efeitos da greve são desastrosos, uma vez que os serviços da saúde estão paralisados e a tendência é a Educação parar pela segunda vez por completo em todo o Amazonas.

“Os efeitos da greve são desastrosos, umas vez que os serviços da Saúde estão paralisados. A educação também está com risco de parar mais uma vez em todo o Estado, mesmo após 40 dias consecutivos de greve. É uma greve que causa um caos e esperamos que o governador tenha responsabilidade e sensatez”, frisou.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas, Dra. Patrícia Sicchar, 70% dos atendimentos de urgência e emergência estão com os serviços paralisados, conforme prevê a Lei, mas os serviços ambulatoriais estão completamente parados.

“Conforme a Lei prevê, nós paralisamos os 70% permitidos. Avisamos os órgãos competentes com antecedência que íamos iniciar esse movimento de paralisação, pois é uma luta justa do servidor de requerer a sua data-base. O funcionamentos dos serviços nesses dois dias é de paralisação por completo dos serviços ambulatoriais, porque o administrativo também vai aderir a greve e não vai ter ninguém para abrir uma ficha, ninguém para medir uma pressão, e a parte da urgência e emergência se mantém o atendimento que é padrão, determinado pela Justiça de manter 30%”, completou Patrícia.

Serviços de segurança prejudicados

Para o secretário-geral do Sindicato dos Funcionários da Policia Civil do Estado do Amazonas (Sinpol-Am), Odirlei Araújo, os serviços de segurança serão prejudicados, caso a Lei permaneça. “Nós já temos uma redução significativa da Polícia Militar (PM-AM) e a polícia civil vai diminuir mais ainda os seus serviços. Tanto o déficit da PC e da PM já prejudica os atendimentos da população e com uma suspensão dos serviços, como o que estamos propondo, vai afetar ainda mais a investigação, o cumprimento de mandados de prisão e vamos reduzir o atendimento nas delegacias desses boletins que chamamos de atípico.