Manaus, 29 de março de 2024
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Política

STF determina que Ricardo Barros deve ter acesso a documentos da CPI em que é citado

A decisão ocorre após Ricardo Barros recorrer ao STF solicitando que fosse designada uma data para o seu depoimento junto ao Senado

STF determina que Ricardo Barros deve ter acesso a documentos da CPI em que é citado

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

SÃO PAULO, SP – O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski determinou nesta quinta-feira (15) que o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), tenha acesso a documentos reunidos pela CPI da Covid que citem o parlamentar.

Lewandowski ainda assegurou ao deputado o direito de enviar à comissão todos os documentos e declarações que entender necessários para exercício de sua defesa.

“Constitui direito do impetrante [Ricardo Barros] apresentar formalmente à CPI os documentos que entender necessários para esclarecer as menções que lhe foram feitas, de modo a que integrem os autos da investigação e possam, se for o caso, ser considerados pelo relator quando da apresentação de seu relatório final”, afirma o magistrado.

A decisão ocorre após Ricardo Barros recorrer ao STF solicitando que fosse designada uma data para o seu depoimento junto ao Senado. Lewandowski, no entanto, indeferiu o pedido.

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“Ontem a CPI citou meu nome mais 13 vezes, e hoje mais algumas. Portanto, já passam de 110 vezes. Todos os depoentes, quando questionados, negaram meu envolvimento. Tenho direito a defesa da minha honra”, publicou o deputado do PP em suas redes sociais nesta quinta.

Ao Supremo, a CPI da Covid afirmou que promove “investigação em sentido amplo” e que o pedido de Barros representa interferência indevida em seu funcionamento. “[A comissão] Possui autonomia total para definir quais matérias serão pautadas no dia e quais serão mais relevantes para serem ouvidas em cada ocasião”, segue.

O líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara passou a ser alvo da CPI após ter sido citado pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).

À CPI, o deputado declarou que alertou Jair Bolsonaro (sem partido), em março, sobre supostas de irregularidades na compra de vacinas, e que o presidente associou Barros às suspeitas.

Segundo o parlamentar, ele e o irmão expuseram a questão a Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Na ocasião, conforme os relatos, o presidente citou o nome do líder do governo ao dizer que as suspeitas “eram coisa” do aliado. Barros nega ter participado da negociação para a compra da Covaxin.

(*) Com informações da Folhapress

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