Manaus, 18 de abril de 2024
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Manaus, 18 de abril de 2024

Cidades

Tempo de espera por leitos no Amazonas diminui em mais de 80%

O número de pacientes internados também reduziu no Amazonas, abrindo vagas nas unidades de referência

Tempo de espera por leitos no Amazonas diminui em mais de 80%

(Foto: Divulgação/ Ses-AM)

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) reduziu o tempo de espera de transferência de pacientes com o novo coronavírus  para leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em 80% e para leitos clínicos em 91%, nos últimos dez dias.

Conforme a Central Única de Regulação e Agendamento de Consultas e Exames (Cura), a espera era de cinco dias (120 horas) para leitos de UTI e três dias (72 horas) para leitos clínicos. Atualmente a espera é de 24 horas para leitos de UTI e 6 horas para leitos clínicos.

Esse tempo para transferência pode ser maior em casos em que o quadro clínico do paciente, avaliado por equipe médica, não permita o transporte com segurança.

No final de janeiro, o número de pacientes com Covid-19 aguardando remoção de um leito de menor complexidade para um leito de maior complexidade era de 612. Nessa sexta-feira (05/03), o número de chamados em espera de pacientes com a Covid-19 chegou a 37.

Os novos chamados diários abertos para transferências também tiveram redução de 86,2%, saindo do pico de 196 em janeiro para 27 nessa sexta-feira (05/03).

O secretário de Estado de Saúde, Marcellus Campêlo, destaca que o processo de transferência é intenso e dinâmico e depende da oferta de leitos, da capacidade de remoção no dia e da quantidade de pacientes novos que entram. Mas a proporção entre os novos chamados e os chamados em aberto tem sido cada dia menor, ajudando a reduzir o tempo de espera.

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Enquanto aguardam as transferências, os pacientes são assistidos recebendo suporte clínico em unidades de Serviço de Pronto Atendimento (SPAs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), salas de estabilização de prontos-socorros da capital e de hospitais do interior.

A avaliação do quadro clínico e condições de transporte do paciente é feita pelos médicos que operam o Sistema de Transferência de Emergência Regulada (Sister), responsável pelas transferências. No caso de instabilidade hemodinâmica dos pacientes, a remoção não é permitida. Os médicos reguladores só autorizam a transferência após o paciente ter condições clínicas para isso.

Neste sábado (06), de 12 chamados abertos para leitos de UTI do interior, cinco não tinham condições de remoção. Pela manhã a aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) com capacidade para remover oito pacientes moderados do interior também não tinha pacientes com esse perfil para poder decolar.

Para a coordenadora da Cura, Keila do Vale, a diminuição do tempo de espera se deve a uma série de ações realizadas pelo Governo do Estado e pela SES-AM. “Transferimos mais de 500 pacientes para fora do Estado com o apoio do Governo Federal. O Governo atuou com medidas restritivas para frear o avanço da Covid-19 e ampliou o número de leitos”.

Aumento de leitos

A SES-AM ampliou o número de leitos nas últimas semanas. Foram mais de 200 leitos exclusivos para a Covid-19 implantados nos hospitais Delphina Aziz, Nilton Lins, no HPS Platão Araújo e na maternidade Ana Braga.

Queda nas internações

O número de pacientes internados também reduziu no Amazonas, abrindo vagas nas unidades de referência. Conforme o Boletim Diário da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), as internações em leitos Covid-19 na rede pública e privada da capital, que em janeiro chegou ao pico de 2.804, estava em 1.217 na última quinta-feira, queda de 56,5%. No dia 14 de janeiro o número de novas hospitalizações registradas em 24 horas chegou a 258 e nesta quinta-feira registrou 52 novas internações.

 

*Com informações da assessoria