A venda de veículos novos, entre nacionais e importados, cresceu 3% no país em 2021, na comparação o ano anterior. O volume de 2,12 milhões de unidades vendidas, porém, ainda representa uma queda de quase 24% em relação a 2019, pré-pandemia.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (7) pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Os caminhões foram o principal destaque entre todas as categorias. Tiveram o melhor resultado desde 2014. Foram 128,7 mil unidades vendidas no ano, 43,5% acima do registrado em 2020. Do total, 51% foram de caminhões pesados. “Isso mostra a força do agronegócio no setor, além de mineração e e-commerce”, disse Marco Saltini, vice-presidente da Anfavea.
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A venda de veículos leves de passageiros teve uma retração de 3,6% em relação a 2020. Foram 1,6 milhão de unidades emplacadas. Segundo Luiz Carlos Moraes, a queda se explica principalmente pela escassez de semicondutores na indústria, causada pela paralisação da produção em todo o mundo, em função da pandemia do coronavírus.
“Destaca-se o esforço das montadoras para entregar. A gente conseguiu puxar a produção em dezembro, trazendo peças, falando com fornecedores, brigando com as nossas matrizes para disponibilizarem semicondutores, de tal forma que a gente pudesse entregar o máximo possível, atender à fila de espera”, disse Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
No recorte por Estado, Amapá e São Paulo tiveram os piores desempenhos nas vendas em 2021: quedas de 15% e 8%, respectivamente.
Segundo Luiz Carlos Moraes, a redução no mercado paulista, o principal do país, ocorreu por causa do aumento do ICMS sobre carros 0 km, feito pelo Governo do Estado em 2021. A alíquota do imposto teve 2 reajustes, passando, no total, de 12% para 14,5%.
O aumento do imposto colaborou para o aumento registrado nas vendas nos Estados vizinhos a São Paulo: Rio de Janeiro (+23%), Minas Gerais (+13%), Mato Grosso do Sul (+5%)e Paraná (+8%).
(*) Com informações do Poder 360
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