
(Foto: Alex Pazuello e Diego Peres/Secom)
Manaus (AM) – Na manhã desta segunda-feira (26), durante coletiva de imprensa, o governador do Amazonas, Wilson Lima (UB), manifestou sua insatisfação com a recente decisão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) de restringir o tráfego de veículos de carga pesada na BR-319.
A portaria impacta diretamente os usuários de transporte de cargas acima de 23 toneladas, que utilizam a única rodovia que liga Manaus ao restante do país, mais precisamente entre o fim da travessia do rio Amazonas (Km 13) e a divisa dos dois Estados (km 820,1), devido às condições precárias das pontes de madeira ao longo da rodovia, foi publicada no Diário Oficial da União. A portaria não especifica o prazo de vigência da medida.
Para Wilson Lima, a medida do DNIT impõe um desafio logístico significativo ao estado, agravando o isolamento da região em um momento crucial para sua integração com o restante do país.
“É muito complicado quando se toma uma decisão como essa, é colocar mais um peso… e dificultar mais ainda a nossa vida aqui no estado do Amazonas”, criticou o governador.
Ele lamentou que a população local esteja sendo penalizada. Lima destacou que a BR-319 é essencial para o desenvolvimento econômico da região e para garantir condições mínimas de vida às comunidades isoladas.
“Não dá para colocar nossa população de joelhos, deixar nossa população no isolamento e principalmente num momento como esse”, pontuou.
Soluções
Wilson Lima apelou por um maior compromisso do governo federal com a infraestrutura na Amazônia. Ele defendeu que o investimento na BR-319 é indispensável para a economia local, enfatizando que o bloqueio do tráfego de caminhões pesados não resolve os problemas da rodovia, mas agrava a situação dos que dependem dela.
O governador declarou que está buscando uma reunião com o ministro dos Transportes e Infraestrutura, Renan Filho, para discutir o assunto e pressionar por uma solução. Ele sugere que, em vez de simplesmente proibir o tráfego de veículos de grande porte, sejam encontradas alternativas que equilibrem a necessidade de preservação da estrada com o desenvolvimento da região.
“Eu já estou entrando em contato com o pessoal do DNIT, e também o ministro da Infraestrutura, Renan Filho, para que isso seja revogado ou que se encontre um caminho de meio termo, porque não é justo, simplesmente proibir o tráfego de carretas ou limitar o peso na BR-319. Precisamos de soluções que não punam quem quer desenvolver o estado do Amazonas e dar condições de sobrevivência para quem está aqui”, frisou o governador.
A decisão do DNIT, publicada na última sexta-feira (16), proíbe o tráfego de veículos como reboques, semirreboques, carretas e bitrens em toda a extensão da BR-319, aumentando as dificuldades para o transporte de cargas essenciais ao estado.
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