
(Foto: Ismael Lira/ Assessoria e Celso Maia/ PortalAM1)
Manaus (AM) – Em meio a denúncias sobre o uso irregular de recursos do Fundeb e a crescente insatisfação da categoria da educação com os baixos salários e a falta de valorização, o presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal, vereador Prof° Samuel (PSD) , adotou um discurso de reconhecimento, mas pouco efetivo.
“Sou professor, sou pedagogo, e a gente sabe que somos muitas vezes injustiçados”, declarou o parlamentar durante entrevista ao Portal AM1, ao justificar seu posicionamento contrário ao pedido de impeachment relacionado às denúncias envolvendo a gestão dos recursos da educação.
(Foto: Celso Maia/ Portal AM1)
Apesar de reconhecer os problemas e as demandas históricas da categoria, o vereador não apresentou nenhum plano concreto, nem cronograma, para resolver as pendências. O vereador afirma que está “trabalhando no plano de carreira” dos professores e que promete uma reunião futura com o secretário de Educação, mas evita apontar datas ou metas específicas.
“A gente não tem esse afã, essa forma de querer resolver de um dia para o outro”, afirmou o vereador.
A postura é criticada por representantes da própria categoria, que aguardam há anos uma atuação mais firme e propositiva por parte da Comissão de Educação. Para muitos, o discurso do vereador reforça a sensação de distanciamento entre o Legislativo e as reais urgências enfrentadas por professores e demais trabalhadores da área.
Além disso, o parlamentar afirmou que votou favoravelmente ao reajuste de 5,48% proposto pelo Executivo, embora tenha reconhecido que o valor está longe do ideal. “Eu queria um reajuste de 10%, de 15%, de 20%”, disse, destacando votações passadas em que teria pedido percentuais maiores, mas novamente sem apresentar registros de iniciativas concretas para defender esse posicionamento na atual legislatura.
Enquanto isso, o debate sobre o uso correto dos recursos do Fundeb segue em segundo plano. O vereador, que preside a comissão responsável por acompanhar as políticas públicas de educação, evita firmar posicionamento claro sobre a investigação de possíveis irregularidades, limitando-se a dizer que o tema será discutido em uma reunião “no momento certo”.
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