Manaus, 3 de dezembro de 2024
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Tecnologia

Ações erradas de militares seriam responsabilidade de Bolsonaro, diz Flávio Dino

Flávio Dino e José Múcio apuram com a Polícia Federal "eventuais erros" das Forças Armadas no estado democrático.

Ações erradas de militares seriam responsabilidade de Bolsonaro, diz Flávio Dino

(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Com a cooperação que trata a participação de membros das Forças Armadas em ações antidemocráticas, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi responsável por incentivar esses militares a cometerem erros ou “até crimes”.

A declaração foi feita nesta quarta-feira (23) após o Dino ter reunido com o ministro da Defesa, José Múcio, para falar da ação da Polícia Federal e da pasta na apuração de “eventuais erros” das Forças Armadas.

“No período passado, talvez o comandante supremo da época, o ex-presidente da República, não tenha dado ordens corretas e isso pode ter gerado que alguns membros das Forças Armadas tenham cometido eventuais erros ou até crimes”, afirmou Dino.

Ainda de acordo com o ministro, as investigações vão mostrar que as iniciativas partiram de agentes isolados, não das instituições. “[Vamos] identificar condutas de indivíduos civis ou militares. Em relação a isto, há um consenso entre o Ministério da Justiça e o Ministério da Defesa. [Há] muita tranquilidade em relação a essa compreensão”.

Desde a semana passada, quando o hacker Walter Delgatti fez revelações na CPMI do 8 de janeiro no Congresso Nacional, de que militares estavam envolvidos em ações contra a Justiça Eleitoral e o sistema democrático, o ministro da Defesa tenta obter a lista com os nomes dessas pessoas.

“Há uma ideia de deixar as investigações caminharem normalmente, nos termos da lei, sobre a condução do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal e, no tempo certo, as Forças Armadas, com a sua autonomia organizativa, irá tomar as providências que foram cabíveis”, completou o ministro da Justiça.

(*) Com informações da CNN

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