MANAUS – Diferentemente do que foi dito pelo secretário Pauderney Avelino, titular da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), a Escola Municipal Arthur Virgílio Filho, localizada no km 15 da BR-174, parece ter ficado de fora da estruturação para o retorno efetivo às atividades presenciais de educação do município.
Calor, bebedouro que dá choque, caixa d’água quebrada e ramal abandonado. Chegar ao local e passar cerca de quatro horas por dia tentando adquirir conhecimento é um trabalho de superação, que beira a humilhação.
A denúncia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) publicou fotos e emitiu uma nota sobre as precárias condições encontradas na unidade de ensino, que foi visitada por nossa equipe nesta terça-feira, 14/09.
Veja o post:
https://www.facebook.com/sinteam.am/posts/4495267077161881
No post publicado pelo Sinteam, os alunos são obrigados a acompanhar as aulas aglomerados e sob o vento de um ventilador, num ambiente fechado. Falta água na escola, o sinal de internet não funciona; a impressora quebrou e, conforme nossa equipe foi informada, hoje, o bebedouro dá choque nos jovens.
A equipe do Portal AM1 visitou o local, conversou com responsáveis pela escola e com comunitários para analisar e encaminhar as demandas aos órgãos competentes, visto que a comunidade reclama de não obter resposta por parte da Prefeitura de Manaus.
A escola possui dois anexos em uso – ao lado do prédio principal – sendo que um deles não possui estrutura para comportar as crianças, uma vez que ainda está por concluir a obra. E, mesmo assim, esse está sendo usado como sala de aula. Os dois anexos são propriedade particular, cedidos à prefeitura.
O anexo é cedido por uma fundadora da comunidade e não possui vínculos com a secretaria. A ação dos moradores em fornecer o espaço para a escola visa oferecer o melhor para os alunos. Ainda assim, a situação é crítica.
Já o segundo anexo possui duas salas de aula de madeira, inclusive, em um deles, o Sinteam registrou a penúria dos estudantes no calor do Amazonas.
Relacionado à estrutura, a escola utiliza a caixa d’água de uma vizinha, pois, segundo a comunidade, há mais de dois anos a estrutura feita de madeira quebrou e até hoje aguarda pela Semed. De acordo com o Sinteam, quando falta água, os alunos não podem usar o banheiro e merendar.
Um dos comunitários disse que os alunos estariam usando apenas um bebedouro e que o equipamento oferece riscos aos alunos. “Os alunos tomam choque.”
A equipe conversou com uma das responsáveis pela escola, que não quis ser citada na matéria. A servidora pediu que a equipe não registrasse o interior da escola.
Uma demanda foi encaminhada pela reportagem à SEMED, todavia, até o momento da publicação desta matéria, nenhuma resposta foi obtida.
RAMAL ABANDONADO
Outro drama vivido pela comunidade Arthur Virgílio é a precariedade do ramal que dá acesso à escola. Trechos do ramal ficam inacessíveis, principalmente em períodos de chuva, colocando em risco o translado dos alunos e dos colaboradores.
Relatos de atoleiros já são comuns na comunidade – o que coloca em risco a vida dos alunos em caso de resgate de urgência e emergência. No verão, é a poeira que atrapalha. “Conseguimos falar com a Seminf, que prometeu colocar a comunidade no pacote de obras, o maquinário apareceu, mas foi levado para outro ramal.”
Apesar das dificuldades, a escola está aberta todos os dias, atendendo alunos de 4 a 14 anos; espaço para a Semed se manifestar continua aberto.
Apesar das dificuldades, a escola continua em funcionamento, atendendo alunos de 4 a 14 anos de idade; o espaço para que a Semed preste esclarecimentos à sociedade e comunidade segue aberto.
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