Manaus, 1 de julho de 2024
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Manaus, 1 de julho de 2024

Política

Alckmin faz representação no TSE contra Bolsonaro por ‘propaganda maliciosa’

Críticas do vice de Lula ao petista feitas no passado geram problema na campanha.

Alckmin faz representação no TSE contra Bolsonaro por ‘propaganda maliciosa’

Foto: Reprodução Instagram @lulaoficial

O candidato a vice-presidente na chapa com Luiz Inácio da Silva (PT), o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), entrou com uma representação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acusando a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) por “propaganda maliciosa” em inserções na TV.

Segundo a defesa, a campanha do adversário utiliza vídeos descontextualizados “para o nítido propósito de confundir o eleitor, dando a entender que a opinião emitida pelo requerente seria atual e que, na verdade, ele não é partidário de seu companheiro de chapa”, diz o documento.

As falas mencionadas pela defesa e utilizadas por Bolsonaro se referem à campanha de 2018, quando Alckmin se candidatou à Presidência pelo PSDB. Em um dos momentos, no vídeo, o vice diz: “Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ele quer voltar à cena do crime”. Outro trecho citado na representação é em relação à referência que o ex-governador faz ao petista: “É você que pode evitar que um preso condenado por corrupção seja solto”.

Ao final da inserção, o locutor do vídeo diz: “Se até o vice do Lula pensa assim, como é que eu vou confiar nele?” Para a defesa, a fala tenta sugerir que este seria o sentimento de Alckmin no presente momento. “Inegável o intento de criar confusão na mente do eleitor, de modo a ludibriar o seu entendimento. No entanto, tal desiderato é terminantemente vedado pela lei eleitoral, como se passa a demonstrar”, afirma a representação.

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No documento, a defesa cita o entendimento jurisprudencial das eleições de 2014, quando o então candidato Aécio Neves (PSDB), ex-correligionário de Alckmin, utilizou frases fora de contexto, ditas pela então adversária Dilma Rousseff (PT), em benefício próprio.

“Se o entendimento jurisprudencial já era assim na campanha presidencial de 2014, com mais rigor, isso há de ocorrer na atual quadra, em que se combate com mais firmeza a divulgação das chamadas fake news, enfrentando-se de forma visceral a divulgação de falsidades para turbar o entendimento do eleitor”, diz a defesa do vice.

A equipe de Alckmin pede ao TSE que o vídeo seja retirado do ar pela campanha do presidente, assim como nas redes sociais, “tendo em vista a plausibilidade do direito vindicado, a gravidade da violação à lei e a possibilidade dano irreparável”.

Com informações da Agência Estado