Manaus, 19 de abril de 2024
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Economia

Bloqueio em refinarias afeta cidades próximas a Manaus

Bloqueio em refinarias afeta cidades próximas a Manaus

Motoristas da Uber e taxistas juntaram-se a manifestação dos caminhoneiros contra a alta do diesel, na manhã desta quinta-feira, 24, em frente a refinaria Isaac Sabbá, na Avenida Marapatá, no Distrito Industrial, zona Sul de Manaus. Eles impediram a entrada dos caminhões que fazem o transporte de combustíveis para os postos da capital e também municípios do interior próximos a Manaus.

Em Presidente Figueiredo somente um posto está fazendo o abastecimento. (Foto: Jackson Salvaterra)

De acordo com o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Amazonas, Sérgio Alexandre Silva, o bloqueio continuará até que o governo decida baixar o preço do diesel a R$ 2,00. Segundo Sérgio, o valor do combustível representa 60% das despesas de cada serviço realizado. “Nós vamos continuar aqui revezando com os companheiros, até o governo federal atender nosso pedido e diminuir o preço do combustível, caso contrário, toda a cidade vai ser prejudicada, afirmou Sérgio.

 

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O presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis do Amazonas, Luiz Felipe Moura, disse que a paralisação prejudicou a distribuição de gasolina, álcool e diesel. Em alguns postos de Manaus. Em relação aos municípios do interior, o abastecimento por enquanto não deve ser comprometido porque é feito por meio de balsas, mas os ligados por estrada já sentem o impacto do bloqueio nas refinarias.

Alimentos

Segundo o responsável pela Associação Amazonense de Supermercados, Alexandre Zuqui, a greve dos caminhoneiros não está prejudicando o abastecimento dos supermercados em Manaus. “A maioria do abastecimento vem de navio, mas se a greve se estender, poderá comprometer o fornecimento”, finalizou. 

Prejuízos

Os motoristas de aplicativos na capital, também, aderiram ao movimento nesta quinta. Para o porta voz do Uber, Alexandre Matias, o preço no aumento da gasolina traz muitos prejuízos aos motoristas. “Estamos tendo que trabalhar até 12h por dia para complementarmos a renda. Quase não temos lucro”, disse. 

Em Presidente Figueiredo (a 125 quilômetros de Manaus), dos sete postos, somente um faz o abastecimento, mas está racionando o combustível. Segundo o gerente do posto, Allan Paulo Alves, a prioridade são os veículos de serviço público de urgência. “Nós vamos tentar segurar o combustível para atender as ambulâncias, os ônibus escolares, e os que fazem o transporte dos estudantes de Figueiredo para as Faculdades de Manaus, ainda temos que atender nossos clientes”, afirmou Allan.