Manaus, 23 de abril de 2024
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Manaus, 23 de abril de 2024

Cidades

Promotor pede afastamento de PM que atirou contra adolescente

O Promotor do interior do AM pediu o afastamento de policial por abuso de autoridade, entre outros crimes, cometidos no último dia 7 (domingo).

Promotor pede afastamento de PM que atirou contra adolescente

(Hiraílton Gomes/ MP-AM)

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM), no Município de Tabatinga, representado pelo Promotor de Justiça André Epifânio Martins, pediu, nessa terça-feira, 9, o afastamento do policial militar Dalton Mariano Ordones, por abuso de autoridade, entre outros crimes, cometidos no último dia 7 do corrente mês, domingo.

Segundo apurou a Promotoria de Tabatinga, o policial chegou a rua Santos Dumont, nº 3, bairro Vila Paraíso, por volta das 22h30, e disparou contra um adolescente, além de invadir uma casa, sem autorização legal, em ato de puro abuso de autoridade, utilizando-se se sua posição para buscar solucionar, imotivadamente, uma briga de vizinhos.

Uma testemunha afirmou que o militar disparou vários tiros “em frente de sua casa” e repetiu a mesma atitude no meio da rua. O alvo seria um adolescente morador do local. Tal ato configura-se, segundo a ação do MP-AM, em delito de tentativa de homicídio. O Promotor relata, ainda, que o Ministério Público consultou antecedentes de todas as vítimas, sendo que não há nenhum ato criminoso que desabone a conduta de nenhum declarante.

O motivo da confusão ter sido uma briga envolvendo o cunhado do policial e o adolescente vítima da tentativa de homicídio. O crime não foi consumado porque o adolescente correu e ficou escondido em outra residência.

No pedido de afastamento ajuizado, é apontado também o crime de improbidade administrativa, “quando o requerido, policial militar, faz o uso indevido do armamento pertencente à Corporação, de forma que viola os Princípios da Administração Pública, quais sejam, Princípio da Impessoalidade e, principalmente, o Princípio da Moralidade, não demonstrando nenhum preparo para que esteja nas ruas a cuidar da segurança pública.”

Dessa forma, o MP-AM assina a petição inicial requerendo a tutelar cautelar visando a determinação do imediato afastamento do agente público, sem prejuízo da remuneração, pois a medida se faz necessária à instrução processual.

 

 

(*) Com informações do MP-AM