Manaus, 25 de abril de 2024
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Cidades

Setor empresarial do AM discute ações contra o coronavírus

Comitê para Resposta Rápida repassa aos representantes do Polo Industrial de Manaus (PIM), comércio, serviços e setor agropecuário as ações de prevenção

Setor empresarial do AM discute ações contra o coronavírus

(Foto: Reprodução)

Representantes do Comitê Interinstitucional de Gestão de Emergência em Saúde Pública para Resposta Rápida aos Vírus Respiratórios, com ênfase no Novo Coronavírus (2019-nCoV), realizam nesta sexta-feira, 07, reunião de alinhamento com os representantes do Polo Industrial de Manaus (PIM), comércio, serviços e setor agropecuário.

A reunião acontece no no auditório Auriovaldo Fontes, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), situado na avenida General Rodrigo Otávio, nº 2.394, Distrito Industrial.

Na reunião serão apresentadas orientações contidas no Regulamento Sanitário Internacional e as recomendações temporárias previstas de interesse comum no enfrentamento à doença.

A programação contempla desde a apresentação cenário epidemiológico do Amazonas e Brasil, até as medidas de contenção diante de possíveis casos, em especial as medidas de prevenção nas fábricas do PIM.

O secretário estadual de Saúde, Rodrigo Tobias, destaca que as orientações à indústria já seguem as estratégias estabelecidas pelo Ministério da Saúde e tratadas na Comissão Intergestora Tripartite (CIT), na quinta-feira, 06, em Brasília, reunião da qual ele participou junto com os secretários de Saúde de todo o Brasil, na sede da Organização Pan-americana de Saúde (Opas).

Na ocasião, foram tratadas as estratégias de enfrentamento ao novo vírus, já levando em consideração o decreto federal de emergência para o coronavírus.

Entre as medidas do Amazonas está a atualização do Plano de Contingência para as Síndromes Respiratórias Graves (SRAG) com inclusão das estratégia para o novo coronavírus.

“Na reunião com o Ministério da Saúde ficou bem amarrado o alinhamento dos Estados e municípios com o Governo Federal na questão da vigilância e dos protocolos internacionais para as medidas de prevenção, assistência e condução de casos suspeitos, mesmo ainda não tendo nenhum caso confirmado de coronavírus no Brasil”, disse o secretário.

No Amazonas, o Hospital de referência é o hospital Delphina Aziz para encaminhamento de casos suspeitos do novo coronavírus, tanto para a demanda espontânea, quanto para os pacientes referenciados pela rede de saúde, aeroportos ou outros pontos de vigilância.

São considerados suspeitos os casos de pessoas com os sintomas, que tenham estado na China ou tenham tido contato com pessoas que estiveram no país asiático.

Reunião com a indústria

De acordo com diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto, a reunião com as empresas faz parte da execução do plano de ação para o enfrentamento de possíveis casos suspeitos.

“Muitas fábricas em Manaus têm origem oriental, e, portanto, há um intenso fluxo de executivos. Devido a esta característica, é necessário compartilhar os protocolos internacionais preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS)” disse.

Segundo o secretário executivo de Desenvolvimento da Sedecti, Renato Freitas, é importante que todos os segmentos da população estejam esclarecidos sobre as formas de prevenção contra a nova doença, sem pânico, mas com atenção redobrada, diante da Declaração de Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (PHEIC) pela Organização Mundial de Saúde (OMS) acerca do Coronavírus.

No Amazonas

Nesta quinta-feira (06/02), foi realizada na FVS a segunda reunião com os membros do Comitê Interinstitucional de Gestão de Emergência em Saúde Pública para Resposta Rápida aos Vírus Respiratórios, com ênfase no Novo Coronavírus (2019-nCoV), no qual foi abordado os avanços e ajustes técnicos em relação ao Cenário e Vigilância Epidemiológica de SRAG e Vírus Respiratórios, Decreto de Emergência de Saúde Pública em Território nacional, Reuniões com Ações Anvisa DEVISA e Visa Manaus – Ações relevantes portos e aeroportos, Abastecimento Tamiflu e demais atividades da rede Susam, Semsa Manaus e FVS.

Na área da assistência foram realizados, nos dias 4 e 5 de fevereiro, treinamentos e simulações no Hospital e Pronto Socorro Dr. Aristóteles Platão Bezerra Araújo e Hospital e Pronto Socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado. Na próxima segunda-feira (10/02), será realizada a capacitação para médicos e enfermeiros no Pronto-Socorro 28 de Agosto, zona sul da cidade de Manaus.  

No interior, o foco das ações é a região da tríplice fronteira – Colômbia, Peru e Venezuela. Nesta semana, uma equipe da FVS e da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) esteve em Tabatinga para capacitar e reforçar os cuidados relacionados à vigilância e assistência com profissionais de saúde do município.

O Governo do Estado lançou nesta semana uma campanha publicitária de orientação à população sobre síndromes gripais.

Novo Boletim

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas divulgou, nesta quinta-feira (06/02), a quinta edição do Boletim Epidemiológico da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Estado do Amazonas, que corresponde à análise de notificação de novembro de 2019 até o dia 5 de fevereiro de 2020.

Segundo o boletim, foram notificados, até o momento, 149 casos de SRAG, 20 casos a mais que na última edição divulgada no dia 30 de janeiro de 2020. Destes, foram identificados 13 casos de influenza B, 13 casos provocados por Adenovírus, quatro para Vírus Sincicial Respiratório (VRS), dois para Metapneumovírus e um para Parainfluenza 1. Não há casos suspeitos de coronavírus no Amazonas.

A FVS informa que no total foram registrados, a partir de novembro, 22 óbitos por SRAG. Desses, oito foram por vírus respiratórios e 14 por outras síndromes respiratórias não virais. Dos oito óbitos todos são residentes de Manaus, 3 por Influenza B, 3 Adenovírus, 1 Vírus Sincicial Respiratório (VRS) e 1 Metapenumovírus.

Ainda em relação aos óbitos, 86% apresentam pelo menos um fator de risco respiratório, com 66% respectivamente em pacientes idosos, cardiovasculares ou com diabetes, 50% pneumopatas e 16% em crianças de 1 a 4 anos.

 

(*) Com informações da Assessoria