Ceará – O diretório nacional do Progressistas fez uma intervenção nesta terça-feira (2) para impedir que o partido fechasse uma aliança com o candidato do PT a governador do Ceará, Elmano de Freitas. A ordem veio três dias depois de o diretório cearense do partido definir o apoio ao petista em convenção que contou com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência.
Em nota, o presidente interino do Progressistas, deputado Claudio Cajado (BA), afirmou que não serão permitidas alianças com o PT em nenhum Estado.
“O Diretório Nacional do Progressistas informa que a sigla não irá fazer coligação com o Partido dos Trabalhadores em nenhum Estado brasileiro. O PP oficializou, por meio de convenção nacional, coligação com o PL e apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro”, afirmou o dirigente.
O Progressistas tem como presidente licenciado e líder mais influente o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Apesar do veto a alianças com o PT em nome do apoio nacional a Bolsonaro, o partido do Centrão apoia Lula em Pernambuco e no Mato Grosso.
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O deputado Eduardo da Fonte (Progressistas-PE), aliado próximo de Nogueira, fechou aliança com Danilo Cabral (PSB-PE), candidato lulista a governador. Em Mato Grosso, o deputado Neri Geller (Progressistas) também apoia Lula e se encaminha para ser candidato a senador com o apoio do PT.
Integrantes do partido disseram ao Estadão que a intervenção foi feita para a situação do Ceará, considerada mais grave porque é um apoio direto a um candidato petista a governador. Nos casos de Pernambuco e Mato Grosso, onde o partido não apoia candidatos ao governo filiados ao PT, não há veto. “Lá o nosso candidato ao Senado, Neri, estaria ou estará tendo o apoio do PT dentro da coligação e não como candidato a cargo majoritário pelo PT”, disse Cajado ao Estadão.
Mesmo com o apoio do partido a Bolsonaro, os candidatos de Ciro Nogueira ao governo do Piauí, Silvio Mendes (União Brasil), e do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), ao governo de Alagoas, Rodrigo Cunha (União), escondem o presidente em suas campanhas. No caso do Piauí, o partido chegou a entrar na Justiça para tentar impedir a associação com Bolsonaro.
*Com informações da Agência Estado
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