Manaus (AM) – O rio Negro, um dos principais afluentes da Amazônia, apresenta sinais de recuperação após um período crítico de estiagem. Neste sábado (23), o nível do rio atingiu 14,20 metros, saindo do status de “seca extrema”, mas ainda permanece abaixo da média histórica para o período. Os dados são do Serviço Geológico do Brasil (SGB), atualizados às 9h.
A recuperação começou na última semana, com o rio registrando uma elevação média de 18 centímetros por dia. Na terça-feira (19), o nível já havia alcançado os 14 metros, saindo do estágio mais crítico. Apesar disso, o volume de água ainda está cerca de quatro metros abaixo da normalidade para esta época do ano.
Em comparação com anos anteriores, a situação atual apresenta um cenário menos severo do que em 2023, quando a cota estava em 13,20 metros. No entanto, os níveis ainda estão distantes dos registrados em 2022, quando o rio marcava 18,39 metros e não enfrentava seca extrema.
Neste ano, o Rio Negro registrou a maior seca dos últimos 122 anos, com a menor cota histórica registrada em 9 de outubro: 12,11 metros. A estiagem severa impactou comunidades ribeirinhas, transporte fluvial e abastecimento de água em diversas regiões do Amazonas.
Embora os níveis estejam subindo, o SGB alerta que o cenário ainda exige atenção, uma vez que as cotas permanecem abaixo do que é considerado normal. O fenômeno reflete os efeitos das mudanças climáticas e a intensificação do fenômeno El Niño, que contribuem para extremos climáticos na região amazônica.
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