Manaus, 13 de outubro de 2024
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Cenário

Arthur provoca Amazonino e ameaça lançar Rotta ao governo do AM

Arthur provoca Amazonino e ameaça lançar Rotta ao governo do AM

Arthur, Amazonino e Rotta: nos bastidores, os três se articulam para a eleição ao governo do Amazonas (Reprodução/Internet)

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), afirmou que se não for escolhido pelo seu partido para disputar a Presidência da República vai trabalhar “ativamente” para eleger o novo governador do Amazonas, nas eleições deste ano. A informação foi publicada na coluna Sim&Não do Jornal e Portal A Crítica deste domingo.

Na coluna, o prefeito faz uma reclamação velada sobre o comportamento do governador do Estado, Amazonino Mendes (PDT), que tudo indica parece estar indiferente ao tucano. “Trabalhei mais pelo Amazonino que por mim”, afirmou Arthur, que foi um dos principais cabos eleitorais do governador, colocando, inclusive, seus secretários para fazer campanha ao pedetista, na eleição suplementar de 2017 contra o senador Eduardo Braga (MDB).  

Após a eleição, em outubro do ano passado, o prefeito usou a imprensa para cobrar abertamente a promessa de Amazonino feita durante a campanha de repassar R$ 100 milhões à Prefeitura de Manaus para investimentos em infraestrutura. Na época, o Site Amazonas1 questionou a Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) se a promessa de Amazonino seria cumprida, mas a Secom deu resposta de que “não conseguiu despachar o assunto com o governador”.

Ainda na coluna de A Critica, Arthur deu um recado a Amazonino (que é candidato natural à reeleição), afirmando que o candidato que ele apoiar ao governo do Amazonas vencerá o pleito. “O lado que nós estivermos, vai vencer”, provocou. E citou o mais recente aliado tucano, vice-prefeito de Manaus, Marcos Rotta, como nome forte para ele apoiar como candidato ao  governo do Amazonas. “É um nome espetacular”, concluiu.

Aliados de Amazonino afirmaram que a provocação de Arthur Virgílio neste domingo foi “um tiro no pé”. Para eles, esse tipo de ameaça deverá azedar ainda mais a relação entre os dois governantes, que já não conversam sobre política há mais de dois meses.