Manaus, 19 de maio de 2024
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Cidades

Artista manauara luta para manter espaço cultural e indígena de dança

O Espaço Cultural Uatê funciona desde outubro de 2014 no bairro Lagoa Verde, na zona Sul de Manaus

Artista manauara luta para manter espaço cultural e indígena de dança

Um espaço para acolher, incentivar e capacitar jovens artistas da periferia e artistas indígenas funciona na residência da bailarina, coreógrafa, atriz e professora Mara Pacheco. No Espaço Cultural Uatê, a artista desenvolve várias atividades, a maioria delas gratuitas, como oficinas de dança, teatro, música, pintura corporal, entre outras, além de apresentar espetáculos de artes cênicas para o público local.

O Espaço Cultural Uatê está localizado na avenida Rodrigo Octávio, 1.381, bairro Lagoa Verde, na zona sul de Manaus. Mara conta que o espaço surgiu a partir do trabalho que já vinha sendo realizado pela sua companhia de dança, também chamada Uatê, desde 1998, e é mantido com recursos próprios e com auxílio de amigos.

“O Espaço Cultural Uatê é um local onde a arte e a cultura se encontram, vem atender a população das comunidades do bairro Lagoa Verde e de bairros próximos, tendo como perspectiva uma maior valorização das arte e da cultura nessas áreas. O Espaço também contribui para a formação de crianças, jovens, adolescentes e adultos no mundo das artes cênicas, música e artes visuais. Sobretudo, é um local de acolhimento para indígenas e artistas”, explicou a artista.

Mara Pacheco

Mara Pacheco é formada em Educação Artística, com pós-graduação em Arte Multimídia pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e em Dança-Educação pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). No meio artístico, atuou como bailarina, coreógrafa, atriz e arte-educadora e preparadora corporal de atores da Cia. Teatral Amazônia Arte-Mythos, dirigido pela atriz Narda Telles.

Coreografou os seguintes espetáculos de teatro: “Furo do Olho” (2003), “Poronominare” (2005), “Meninas da Zona Cultural” (2006) e “Canta, Canta na Floresta” (2006). Como atriz, atuou nos espetáculos “Poronominare” e “A Saga dos Munduruku (2007). Como arte-educadora ministrou a disciplina Artes do curso Normal Superior da UEA para estudantes indígenas de 2008 a 2010 e ministrou curso de Artes para a comunidade Yanomami em 2012. Também dançou como bailarina convidada de vários grupos e companhias de dança locais e realizou diversas performances nas ruas de Manaus.

Em 2011, foi premiada no 3º Festival de Dança do Amazonas (FAD), realizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, com o espetáculo “Objeto Ritual”. Em 2012, foi curadora no 4º FAD. Em 2015, recebeu da Secretaria Municipal de Educação (Semed) a menção honrosa “Professora Homenageada”. Em 15 de dezembro de 2016, tornou-se membro da Academia Amazonense de Artes, Ciência, e Letras (ACL), ocupando a cadeira 37. Atualmente, é professora do Centro Municipal de Arte-Educação Aníbal Beça.

 

*Com informações da assessoria