Manaus (AM)- Há mais de uma semana, a BR-317, que liga o Amazonas ao Acre, está interditada e já causa a falta de abastecimento de alimentos e combustíveis na região.
A rodovia foi fechada por moradores, entre eles líderes indígenas, no dia 29 de maio e entrou no 10° dia nesta quarta-feira (7). Eles reivindicam melhorias, como asfaltamento no trecho que foi interditado.
A Via é o principal ponto de acesso do Amazonas ao Acre e é por onde passa o fornecimento de alimentos, combustíveis e atendimento médico. Com o bloqueio, Boca do Acre já começou a registrar grandes filas em supermercados e postos de combustíveis, pela escassez de abastecimento.
Os líderes indígenas da etnia Aripuanã, que têm comunidade na KM 45 da BR, afirmam que a precariedade da via tem custado a vida de muitos indígenas naquela localização.
Em nota , enviada na terça-feira (6), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que aguarda a liberação de uma licença ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama,) para começar o asfaltamento do trecho.
Aleam
O assunto foi levado ao plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), pelo deputado Adjuto Afonso (UB), que pediu ao Dnit que encontre uma solução imediata ao caso.
O parlamentar lembrou que a rodovia é a principal via que serve de passagem para o abastecimento de alimentos para as cidades de Boca do Acre e Pauini.
“Esse assunto está preocupando não só os moradores de Boca do Acre, mas também de Pauini. Ontem recebi uma correspondência da Câmara de Pauini, dizendo da preocupação porque a cidade já está desabastecida, por exemplo, de gás, gasolina, da mesma forma que Boca do Acre”, disse por meio da assessoria.
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