Manaus, 16 de maio de 2025
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Manaus, 16 de maio de 2025

Economia

Bolsonaro assina decreto do IPI, sem mudanças prometidas ao Amazonas

São mais de 500 mil empregos diretos e indiretos que podem ser afetados com o decreto assinado pelo presidente Bolsonaro, que deixa os amazonenses apreensivos por mais um mês

Bolsonaro assina decreto do IPI, sem mudanças prometidas ao Amazonas

Foto: Divulgação / PR

Manaus (AM)- Prometido para essa semana, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não cumpriu a promessa e, na noite dessa quinta-feira (31), assinou o decreto e não retirou os produtos da Zona Franca de Manaus da redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI).

Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniram com Governo do Estado do Amazonas para fazer a mudança no texto do novo decreto e alterar o trecho em que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) fosse diferenciada e assim garantisse a competitividade das empresas.

Leia mais: Confiança da indústria atinge menor nível desde julho de 2020

Porém, mesmo sabendo que sem a alíquota diferenciada do IPI na indústria amazonense afugentará os empresários da capital, o decreto foi mantido sem as devidas modificações.

São mais de 500 mil empregos diretos e indiretos gerados pela Zona Franca que estão sendo ameaçados.

Ao não publicar um novo decreto de redução do IPI excluindo os produtos da ZFM, como havia acordado com lideranças políticas e empresariais, e prorrogar o decreto anterior, Bolsonaro deixa a população apreensiva e sem confiança no futuro.

Por meio das redes sociais, o deputado Marcelo Ramos expressou seu desalento e afirmou:

“Ao não publicar um novo decreto de redução do IPI excluindo os produtos da ZFM, como havia acordado com lideranças políticas e empresarial, e prorrogar o decreto anterior, o governo federal prolonga a nossa agonia e trata de forma irresponsável algo de que depende a vida das pessoas do maior estado da Federação.”

A economia e o povo amazonense não podem ficar sujeitos aos caprichos de quem quer que seja. Afinal, são meio milhão de famílias que dependem diretamente do modelo ZFM para levar comida para suas mesas”, disse o parlamentar.