
Vacina contra a Mpox não será de langa escala - Foto: (José Cruz/ Agência Brasil)
Brasília (DF) – O ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (16) que o Brasil apresenta sinal de estabilidade e controle da Mpox (antiga varíola dos macacos).
Segundo a ministra Nísia Trindade, embora não haja motivos para “alarme”, é preciso manter um estado de “alerta” em relação ao vírus.
“É importante reforçar que não há motivo para alarme, como já mencionado em comunicados anteriores. Devemos permanecer vigilantes e seguir as recomendações disponíveis para lidar com essa emergência de importância internacional, considerando a presença do vírus no Brasil, ” disse a ministra.
Um Centro de Operações de Emergência em Saúde para coordenar ações de resposta ao vírus foi divulgado pela pasta nessa quinta-feira (15).
Durante o evento, a secretária de de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, destacou que “há uma vigilância sensível para Mpox e, de forma preventiva, as recomendações e o plano de contingência para a doença no Brasil estão sendo atualizadas.” Ela esclareceu ainda sobre as cepas do vírus durante a instalação do COE-Mpox.
“Atualmente, temos duas cepas circulando na região da África. Após a declaração de emergência, descobriu-se que os primatas não eram os únicos hospedeiros da doença. A cepa 1 da variante B, que surgiu no Congo, tem gerado maior preocupação e é a razão para esta nova declaração da OMS, por ter se mostrado mais transmissível. Mutações fizeram com que essa variante B causasse casos mais graves, inclusive em crianças, o que representa uma apresentação diferente do que observávamos anteriormente”.
Vacinação
A ministra da Saúde esclareceu que não haverá uma vacinação em larga escala contra o vírus Mpox, já que especialistas seguem estudando a eficácia da vacina no enfrentamento a nova cepa.
“No Brasil, nós vacinamos com uma licença ainda especial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em casos muito excepcionais, para grupos muito vulneráveis, pessoas que tinham tido contato com outras pessoas doentes. Então, a vacinação nunca será uma estratégia em massa para a Mpox,”disse Trindade.
Ao Portal AM1, a Pasta afirmou que desde 2023 existem ações para o enfrentamento da MPOX como a ampliação da capacidade de diagnóstico, com a implementação de diagnóstico molecular, oficinas para informar sobre o tratamento e cinco webinários nacionais.
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