Manaus, 16 de maio de 2024
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Manaus, 16 de maio de 2024

Cidades

Diretor da OMS diz que se entidade for solicitada ajudará Manaus

A entidade foi questionada, durante coletiva em Genebra, especificamente sobre a situação de Manaus

Diretor da OMS diz que se entidade for solicitada ajudará Manaus

Reprodução: domtotal

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), afirmou, nesta quarta-feira, 06, que está trabalhando com o governo brasileiro para combater a pandemia de Covid-19.

A entidade foi questionada, durante coletiva em Genebra, especificamente sobre a situação de Manaus.

“Como você sabe, estamos trabalhando com o governo brasileiro e vamos continuar trabalhando para dar qualquer apoio que precisarem”, declarou o diretor-geral.

O diretor de emergências da organização, Michael Ryan, disse que, no passado, a entidade já trabalhou diretamente com estados do país, a pedido do governo federal, para combater a febre amarela.

“Temos um escritório regional forte lá, a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde). E estamos dispostos a fornecer apoio técnico direto a qualquer estado se os governos solicitarem que façamos isso”, disse Ryan.

A líder técnica dos programas da entidade, Maria van Kerkhove, ressaltou que, por causa do cancelamento de voos, ainda que não seja possível para os especialistas irem a todos os lugares, eles têm realizado reuniões virtuais.

“Não especificamente para o Brasil, mas nesse novo normal em que estamos, em que não podemos chegar a todos os lugares que gostaríamos, estamos achando novas formas de dar apoio aos países. Em alguns países, estamos fazendo reuniões virtuais”, afirmou.

Critérios para o relaxamento do isolamento social

Tedros também reforçou a lista de seis critérios elaborada pela OMS que os países devem observar ao liberar as medidas de isolamento para conter a Covid-19.

As medidas haviam sido anunciadas no início de abril.

“Primeiro, que a vigilância está forte, os casos estão em declínio e a transmissão está controlada. Segundo, que o sistema de saúde tem capacidade de detectar, isolar, testar e tratar todos os casos e rastrear todos os contatos. Terceiro, que os riscos de surtos são minimizados em ambientes específicos, como unidades de saúde e casas de repouso”, lembrou o diretor-geral.

“Quarto, que medidas preventivas existem em locais de trabalho, escolas e outros lugares onde é essencial  as pessoas irem; quinto, que os riscos de importação podem ser gerenciados; e, sexto, que as comunidades estão totalmente educadas, engajadas e capacitadas para se ajustarem ao ‘novo normal'”, disse Tedros.

Brasil tem maior taxa de contaminação

Na semana passada, um levantamento da Imperial College de Londres constatou que a taxa de contágio da Covid-19 no Brasil era de 2,8, a maior entre os 48 países analisados pela instituição.

Isso significa dizer que cada 10 infectados no país infectam outras 28 pessoas.

Até esta quarta-feira, o país tinha mais de 8 mil mortes confirmadas pela doença, segundo levantamento feito pelo G1 junto às secretarias estaduais de Saúde.

“O risco de retornar ao bloqueio total [lockdown] permanece muito real se os países não gerenciarem a transição com muito cuidado e com uma abordagem em fases”, alertou Tedros.

(*) Com informações do G1*