Uma testemunha da morte da moradora de rua Zilda Henrique dos Santos Leandro, 31 anos, pelo comerciante Aderbal Ramos de Castro em Niterói, no Rio de Janeiro, disse que o crime foi cometido “com a maior naturalidade, como se ela fosse um bicho”. Néia, como era conhecida a vítima, foi morta pouco depois das 5h20 do último sábado, 16, após abordar seu assassino para pedir R$ 1. O suspeito foi preso e alegou ter atirado porque sofreu uma tentativa de assalto, versão que a polícia descarta com base nas imagens de câmeras de segurança.
Ainda segundo o homem que viu tudo, que trabalha em uma lanchonete na região e falou ao jornal Extra, Castro “matou a mulher friamente”. “Eu chegava para trabalhar e vi quando ela parou perto dele e pediu um dinheiro. Quando eu virei, eu só vi ele pegando a arma e disparando contra ela. Em seguida, foi embora como se nada tivesse acontecido. Ele matou a Neia com a maior naturalidade e como se ela fosse um bicho”, narrou a testemunha.
A advogada Daniela Lopes, que faz a defesa de Aderbal Ramos, afirmou que o cliente reagiu a um assalto. Também em entrevista ao Extra, ela tentou desqualificar as imagens que mostram a ocorrência.
O autor do tiro foi preso nesta terça-feira, 19, e autuado por homicídio qualificado por motivo fútil.
O corpo de Zilda foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Niterói três dias após o crime, mas ainda não há notícias sobre o sepultamento.
Emoção
Na manhã desta quarta-feira, 20, uma irmã da vítima esteve na porta da delegacia pediu justiça pela morte de Zilda. Segundo a mulher, Aderbal Ramos de Castro já havia agredido outros moradores de rua antes do assassinato de Zilda. “Ela chegou nele para pedir R$ 1 para comprar um pão. Após isso, ele falou que era para a minha irmã sair porque se não ele daria um tiro na minha irmã. Ela disse que era para ele dar o tiro então. Ele foi pegou arma e atirou”, disse a mulher, que pediu anonimato.
(*) Com informações do Metrópoles
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