Manaus, 2 de maio de 2024
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Saúde & Beleza

Campanha de prevenção à malária tem foco em estados amazônicos

A malária representa um grande problema de saúde pública no país, com 99% dos casos concentrados na região amazônica

Campanha de prevenção à malária tem foco em estados amazônicos

Campanha teve lançamento em Ananindeua, no Pará (Foto: Divulgação/Ministério da Saúde)

Brasília (DF) – O Ministério da Saúde lançou, nesta terça-feira (25), o Dia Mundial da Luta contra a Malária, campanha para alertar sobre as formas de prevenção e tratamento. Pela primeira vez, o lançamento ocorreu na região amazônica, foco prioritário para o combate da doença, na cidade de Ananindeua (PA).

Com o slogan “O combate à malária acontece com a participação de todos: cidadãos, comunidade e governo”, a campanha tem o objetivo de alertar a população, profissionais de saúde e gestores sobre a prevenção, controle e eliminação da doença. A eliminação da malária no Brasil até 2035 é uma das prioridades do Ministério da Saúde.

A publicidade será veiculada na televisão, rádio, internet, redes sociais e outdoors a partir desta terça (25) nos estados da região amazônica (AC, AM, AP, MA, MT, PA, RO, RR e TO). A campanha será divulgada também em carros e barcos de som, para que a informação chegue à população das localidades mais vulneráveis.

A doença representa um grande problema de saúde pública no país, com 99% dos casos concentrados na região amazônica e com incidência maior nas populações de maior vulnerabilidade social.

Dados preliminares

Em 2022, de acordo com dados preliminares, foram registrados 129,1 mil casos no país com redução de 8,1% em relação a 2021. Apesar da queda, o país não atingiu a meta estabelecida, de no máximo 113 mil notificações para o número de casos autóctones, alcançando um resultado de quase 127 mil casos contraídos localmente. Já em relação aos óbitos, o Brasil registrou 37 mortes pela doença em 2019, 51 em 2020, 58 em 2021 e 50 óbitos em 2022.

Tratamento

Todos os medicamentos para o tratamento de malária estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Para o diagnóstico, o Ministério da Saúde distribuiu 171,9 mil testes, para atender estados da federação e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) até agosto. Outros 300 mil testes serão entregues em duas etapas ao longo do ano de 2023. Ainda para este ano, o SUS está preparado para tratar mais de 800 mil pessoas com a doença, incluindo malária grave.

Casos no Brasil

No Brasil, 30 municípios concentraram 80% dos casos da doença. Considerando apenas malária por Plasmodium falciparum (espécie mais associada à malária grave), 16 municípios concentram 80% dos casos.

Transmissão

A malária é transmitida através da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles infectada por uma ou mais espécies de protozoário do gênero Plasmodium. Apesar disso, a principal forma de combater e eliminar a malária é o diagnóstico oportuno e o tratamento completo. Assim os mosquitos não se infectam e o ciclo de transmissão é interrompido.

O mosquito também é conhecido como carapanã, muriçoca, sovela, mosquito-prego e bicuda. Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados durante todo o período noturno.

Apenas as fêmeas de mosquitos são capazes de transmitir a malária. Os locais preferenciais escolhidos pelos insetos transmissores da malária para colocar seus ovos (criadouros) são pontos com água limpa, sombreada e de baixo fluxo, muito frequentes na Amazônia Brasileira.

 (*) Com informações do Ministério da Saúde

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