Foto: Divulgação/ TJAM
MANAUS (AM) – O quarto dia do julgamento de Ivan Rodrigues Chagas, acusado da morte de Jerusa Helena Torres Nakamine, foi marcado pelo pedido de perdão do réu. Na situação, Ivan disse que não estava em sua ”condição normal” no dia do crime. O interrogatório do réu ocorreu neste domingo (5), no Plenário do Júri do Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, no bairro de São Francisco, zona sul de Manaus.
O interrogatório começou por volta das 9h, com alguns conflitos entre defesa e acusação. Logo nos primeiros momentos, o advogado pediu a palavra e informou à juiza que o réu não responderia às perguntas do Ministério Público do Amazonas (MPAM) e nem do assistente de acusação. Assim, o réu se limitou a responder às perguntas da juíza e da defesa.
Ao longo do depoimento de Ivan, familiares da vítima começaram a deixar o plenário tomados pela emoção. Uma das primas da vítima precisou ser atendida pelo Serviço Médico do Tribunal de Justiça e foi encaminhada para uma unidade de saúde.
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Ao ser questionado se ainda mantém contato com uma das filhas, que não vive em Manaus, Ivan se desestabilizou e começou a chorar, logo, a sessão entrou em intervalo devido ao réu não conseguir responder aos questionamentos.
No retorno, Ivan foi questionado sobre a relação com as filhas, com Jerusa e a relação extraconjugal que manteve durante o casamento com a vítima.
Ao contar sobre o dia do crime, Ivan chegou a pedir perdão pelo que fez e justificou que não estava em seu normal.
O julgamento deve continuar com novos depoimentos ao longo da semana.
Relembre o caso
O caso ocorreu no dia 12 de abril de 2018, na casa em que moravam, no Campos Elíseos, zona centro-oeste de Manaus. De acordo com os laudos periciais, a vítima foi morta a golpes de faca.
“O casal se encontrava em processo de separação, com acusações mútuas de traições. Havia considerável patrimônio a ser partilhado. Ainda de acordo com o que consta nos autos, o motivo do crime foi ciúmes e tentativa de obter vantagem econômica ao evitar a partilha de bens”, registra trecho da denúncia oferecida pelo Ministério Público.
Ivan foi denunciado por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino.
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