Manaus (AM) – Recém-candidato à Prefeitura de Manaus, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (União Brasil), criticou a “falta de planejamento” para alcançar a população vulnerável da capital após a divulgação na última sexta-feira (8) de dados do Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que identifica sete favelas de Manaus entre as 20 maiores do país.
“Sem planejamento, as políticas públicas não conseguem alcançar a parcela da população que mais precisa e o resultado é isso que o Censo nos mostra. A favela, pela própria característica, é um local sem infraestrutura adequada e, com um número grande de pessoas morando nessa condição, faz com que os problemas de saúde, educação, segurança e cidadania, por exemplo, se multipliquem. É preciso que haja a aplicação de políticas públicas com mais qualidade e isso só acontecerá se houver um planejamento adequado”, disse o deputado.
Segundo o parlamentar, os problemas da falta de habitação e seus desdobramentos tendem a se multiplicar em Manaus.
Cidade acrescentou que a falta de saneamento básico, de infraestrutura adequada e de moradia de qualidade acabam empurrando a população para as submoradias, “comprometendo a qualidade de vida e o desenvolvimento das cidades”.
Censo IBGE
Em Manaus, segundo o Censo, os bairros Cidade de Deus, Alfredo Nascimento, Santa Etelvina, Grande Vitória, Colônia Terra Nova, Zumbi dos Palmares e São Lucas estão entre as 20 maiores favelas do país.
- 4) Cidade de Deus/Alfredo Nascimento – 55.821;
- 7) Comunidade São Lucas – 53.674;
- 12) Zumbi dos Palmares/Nova Luz – 34.706;
- 13) Santa Etelvina – 33.031;
- 15) Colônia Terra Nova – 30.142;
- 20) Grande Vitória – 26.733.
O IBGE identificou que, das 20 favelas mais populosas do Brasil, oito ficavam na Região Norte; sete delas em Manaus.
O Mapa da Desigualdade entre as Capitais apontou que Manaus é a segunda capital mais favelizada do Brasil.
Ainda segundo o levantamento, das 392 favelas no Amazonas, 236 estavam na capital, com 1.151.828 moradores (55,81%), o que representa mais da metade da população manauara, que residia em favelas no ano da pesquisa.
Belém e Manaus são as únicas capitais do país com mais da metade da população vivendo em favelas. Em Belém, que em 2025 irá sediar a COP 30 – a Conferência do Clima das Nações Unidas –, 57,2% dos moradores estão em comunidades, em Manaus esse percentual é de 55,8%.
O mesmo estudo também aponta que ambas as cidades apresentam os piores indicadores de saúde e saneamento básico.
Com informações da assessoria
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