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Civis e militares da Síria morrem nos maiores ataques em Damasco e Idlib em anos

Um ataque a bomba contra um ônibus que transportava soldados em Damasco, capital da Síria, matou pelo menos 14 militares e deixou três feridos na manhã desta quarta-feira

Civis e militares da Síria morrem nos maiores ataques em Damasco e Idlib em anos

Foto: EFE/EPA/HANDOUT/SANA

SÍRIA – Um ataque a bomba contra um ônibus que transportava soldados em Damasco, capital da Síria, matou pelo menos 14 militares e deixou três feridos na manhã desta quarta-feira (20), segundo autoridades militares e a TV estatal do país. Essa foi a explosão mais letal ocorrida em anos na capital síria.

Cerca de uma hora depois do ataque ao ônibus, o exército sírio atacou a província de Idlib, controlada por rebeldes. Pelo menos 13 pessoas foram mortas, incluindo crianças, e outras 24 ficaram feridas por fogo de artilharia disparado por forças sírias, no maior ataque na província de Idlib desde o cessar-fogo acordado por Rússia e Turquia em 2020.

O ataque ocorreu no início da manhã na cidade de Ariha “enquanto menores iam para suas escolas e adultos para o trabalho”, disse em um comunicado o Observatório Sírio de Direitos Humanos, uma ONG sediada no Reino Unido e com uma ampla rede de colaboradores no território sírio.

A ONG não especificou a identidade das 13 vítimas, das quais pelo menos três são crianças, mas indicou que os 24 feridos são todos civis e que vários deles estão em estado “grave”, pelo que o número de mortes pode aumentar nas próximas horas.

Leia mais: Mais de 12 milhões de pessoas são atingidas pela fome na Síria

De acordo com o Observatório, este é “o maior massacre” em Idlib desde março do ano passado, quando a Turquia, aliado da oposição, e Rússia, aliada de Damasco, concordou com o fim das hostilidades na área e estabeleceu uma faixa de segurança com patrulhas conjuntas.

Os Capacetes Brancos, um grupo de defesa civil que opera em áreas controladas pela oposição síria, estima em dez mortos, incluindo quatro menores de idade, e 20 feridos, como resultado da ação contra “bairros residenciais e o mercado popular” de Ariha.

“Crianças que iam para as escolas perderam a vida ou se machucaram e outra criança perdida nas ruas, no meio dos bombardeios, em busca de sua família e de sua casa nos bairros destruídos”, afirmaram os Capacetes Brancos em sua conta no Twitter.

A equipe de resgate, encarregada de cuidar das vítimas do ataque, também divulgou imagens na rede social mostrando uma destruição generalizada e uma grande nuvem de fumaça subindo sobre os prédios da cidade.

No final do mês passado, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, discutiram sobre a Síria em sua primeira reunião desde o início da pandemia da Covid-19, gerando rumores sobre a possibilidade de que Exército Sírio poderá lançar em breve um grande ataque contra Idlib.

Idlib é dominada principalmente pela Organização de Libertação do Levante, que inclui a antiga filial síria da rede terrorista Al Qaeda.

(*) Com informações do site Gazeta do Povo

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