Manaus, 6 de maio de 2024
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Manaus, 6 de maio de 2024

Economia

Com bares fechados, brasileiro bebe menos cerveja e lucro da Ambev cai

A gigante de bebidas, que tem planta em Manaus, teve lucro líquido de R$ 1,2 bilhão, bem abaixo do consenso das estimativas

Com bares fechados, brasileiro bebe menos cerveja e lucro da Ambev cai

Imagem de Alexas/ Pixabay

Bares por todo o Brasil fecharam apenas na segunda quinzena de março como medida para conter o avanço do novo coronavírus.

Foi o suficiente para derrubar as vendas de cerveja da Ambev em 11,5% no primeiro trimestre, quando comparado com igual período de 2019, e derrubar o lucro da companhia em 56%.

A gigante de bebidas, que tem planta em Manaus, teve lucro líquido de R$ 1,2 bilhão, bem abaixo do consenso das estimativas do mercado compiladas pela Refinitiv, de R$ 2,503 bilhões.

Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira, 7.

A fabricante das cervejas Budweiser, Corona e Stella Artois apurou receita líquida de R$ 12,6 bilhões, 0,3% menor em relação ao primeiro trimestre de 2019.

O lucro não foi impactado apenas pela redução nas vendas.

A Ambev apontou aumento de custo de produtos vendidos de 10,5% no primeiro trimestre quando comparado com janeiro a março de 2019.

As despesas com vendas gerais e administrativas subiram 10,4% com pressão inflacionária na Argentina e maiores gastos de marketing no Brasil durante o Carnaval.

Já o resultado financeiro também foi negativo em R$ 1, 54 bilhão, mais que o dobro da despesa um ano antes.

Mas passou o primeiro trimestre e a Ambev aponta que abril foi ainda pior: os volumes de venda despencaram 27%. Nesse volume estão todas as bebidas produzidas pela companhia, alcoólicas ou não.

“O impacto total da pandemia de Covid-19 em nossos resultados futuros permanece bastante incerto, mas esperamos que o impacto nos nossos resultados do segundo trimestre seja materialmente pior do que no primeiro trimestre”, disse a Ambev em balanço divulgado na madrugada desta quinta-feira.

A Ambev, maior cervejaria da América Latina e na qual a AB InBev detém uma participação de 61,9%, opera em 16 países, incluindo Argentina e Canadá.

As ações da companhia negociadas na Bolsa paulista já recuaram quase 37% até agora em 2020.

 

(*) Com informações da Folhapress