Manaus, 3 de maio de 2024
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Manaus, 3 de maio de 2024

Política

Com Malafaia, Mendonça diz que nomeação ao STF foi ‘plano de Deus’

Indicado para o cargo em julho, Mendonça foi aprovado depois de mais de quatro meses de espera, devido à resistência de Davi Alcolumbre

Com Malafaia, Mendonça diz que nomeação ao STF foi ‘plano de Deus’

Foto: Divulgação

BRASIL – Em discurso na sede da igreja do pastor Silas Malafaia, André Mendonça disse que sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) já estava decidida por Deus. O novo ministro também afirmou que o “salto para os evangélicos” mencionado por ele após a aprovação no Senado é “tornar [o mundo] o mais próximo possível o reino de Deus e sua Justiça”.

Na pregação, acompanhada por uma série políticos como o governador do Rio, Claudio Castro (PL), e o senador Romário (PL-RJ), além de três desembargadores e uma série de deputados, ele procurou atribuir sua chegada à mais alta corte do país a um plano divino.

“Hoje é dia de eu agradecer a Deus pela obra dele. Assim como Deus é um Deus de aliança e de promessa em toda a narrativa bíblica, quando ele determina um plano, esse plano não pode ser frustrado”, disse. “Não é porque o André tinha que ser aprovado. É que estava estabelecido por Deus antes da fundação do mundo que um menino ia sair dali e chegar aqui”

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Mendonça ainda destacou sua trajetória até a cúpula do poder em Brasília. “[Na sabatina] Eu estava em paz, estava tranquilo. Não que tenha sido cansativo ou difícil, mas sabia que a história já tinha sido escrita”, completou.

A visita ao templo da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, fundada e comandada por Malafaia, foi a primeira aparição pública de Mendonça. A escolha foi estratégica: aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro (PL), o pastor foi um dos mais vocais defensores da indicação do novo ministro do STF, fazendo pressão pública para que a sabatina fosse marcada por Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Após um intenso trabalho de articulação no Senado, que contou com forte pressão de lideranças evangélicas, Mendonça teve a indicação ao STF aprovada no plenário do Senado por 47 votos favoráveis a 32 contrários. Sua sabatina durou cerca de oito horas. Aos senadores, Mendonça se comprometeu a respeitar o estado laico e a não articular pela revisão de decisões já tomadas pelo Supremo, como a discussão sobre a prisão em segunda instância. Ele também fez um afago aos senadores, vários deles alvos de inquéritos, ao dizer que em sua visão delações premiadas não são prova, se afastando do lavajatismo.

Indicado para o cargo em julho, Mendonça foi aprovado depois de mais de quatro meses de espera, devido à resistência do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da CCJ, em agendar a sabatina. O futuro ministro tomará posse do cargo na próxima quinta-feira (16) e acabará com o desfalque no STF, que passou todo o semestre com apenas 10 integrantes.

*Com informações do Uol

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