Manaus, 28 de março de 2024
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Cenário

Com risco de ser cassado, Silas Câmara pode estar preparando esposa para 2022

Antônia Lúcia é apontada como plano B, caso o parlamentar seja condenado pelo STF pela prática conhecida como 'rachadinha'

Com risco de ser cassado, Silas Câmara pode estar preparando esposa para 2022

Foto: reprodução/Instagram

MANAUS, AM- Nas últimas semanas, o deputado federal Silas Câmara (Republicanos) tem usado as redes sociais para divulgar uma extensa agenda de visitas aos municípios do interior no Amazonas. No entanto, o que tem chamado a atenção é a presença constante de sua esposa nessas atividades. Para quem não sabe, Antônia Lúcia é ex-deputada federal do Acre.

Em uma das publicações feita no dia 27 de março no Instagram, Silas chegou a escrever a legenda “iniciando nossa agenda” na foto ao lado da esposa. Na ocasião, ele informou que o casal visitaria os municípios de Novo Airão e Manacapuru.

Também houve registros de visita do casal nas cidades de Careiro Castanho, Manaquiri, Rio Preto da Eva, Pauini, Boca do Acre, além de encontro com lideranças amazonenses. As publicações foram feitas entre os dias 28 de março a 5 de abril.

Veja algumas postagens abaixo:

 

No final de março, o líder da bancada evangélica na Câmara dos Deputados divulgou fotos de visitas realizadas aos senadores do Amazonas Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB). Na ocasião, Antônia Lúcia também acompanhou o encontro do marido com os parlamentares.

Leia mais: Eleições 2022: Silas Câmara tira dia para visitar Braga e Omar: ‘aliança inabalável’

Plano b

Segundo bastidores, Silas estaria preparando a esposa para concorrer as eleições no próximo ano. Ela seria uma espécie de “plano B”, caso o parlamentar seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela prática conhecida como “rachadinha”.

O julgamento do deputado, que é Coordenador da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso, começou em novembro de 2020, mas foi adiado pelo STF após pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques. Todavia, antes do adiamento, os ministros Luís Roberto Barroso e Edson Fachin já tinham votado pela condenação de Silas.

Ele foi denunciado pelo crime de peculato, por supostamente exigir que funcionários de seu gabinete devolvessem parte e até a totalidade dos salários entre 2000 e 2001. De acordo com a investigação, o deputado teria recebido mais de R$ 248 mil e usado o dinheiro para pagar contas próprias e funcionários que trabalhavam em sua na residência.

Caso seja condenado, ele poderá pagar multa de R$ 110,7 mil, além de devolver o valor desviado e perder o mandato. A proposta também prevê pena de 5 anos e 3 meses de prisão no semiaberto.

O Portal Amazonas1, buscou o deputado Silas Câmara para confirmar se existe a intenção de lançar o nome da sua esposa para concorrer as eleições 2022, mas não obteve retorno a publicação desta matéria.