O corpo do Rei Pelé foi levado no carro do Corpo de Bombeiros em cortejo fúnebre. (Foto: Fotos Públicas)
SANTOS, SP – O corpo de Pelé foi sepultado no cemitério vertical Memorial Necrópole Ecumênica no começo da tarde desta terça-feira (3), após 24 horas de velório e um cortejo de 13 km pelas ruas de Santos (SP), em um mausoléu providenciado especialmente para o Rei do Futebol. A despedida final foi reservada para familiares e amigos próximos.
“O momento é de dor, mas é gratidão. Muito obrigado a todos. O momento é difícil, todo mundo sabe, mas é isso. Foi uma honra e um orgulho muito grande. Agora ele vai descansar”, disse Edinho, filho de Pelé, após o sepultamento.
Edson Arantes do Nascimento morreu aos 82 anos na última quinta-feira (29), por falência múltipla dos órgãos, após perder a batalha contra um câncer de cólon. Pelé deixa seis filhos, a esposa, Marcia Aoki, e sua mãe Dona Celeste, que completou 100 anos em novembro do ano passado.
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O cortejo, feito em carro aberto do Corpo Bombeiros, durou quase quatro horas e passou em frente à casa da mãe de Pelé. Dona Celeste está acamada e não fez uma aparição pública. As atenções ficaram voltadas para Maria Lúcia, irmã do ex-jogador, que saiu na sacada e agradeceu ao público, chorando.
Um minuto de silêncio foi feito em homenagem ao maior jogador de futebol de todos os tempos, que fez história com a camisa 10 do Santos Futebol Clube e foi tricampeão mundial com a Seleção Brasileira.
Milhares de pessoas seguiram o carro durante o trajeto pela orla da praia, reverenciando o ídolo brasileiro, com gritos, aplausos e buzinaço. Nas proximidades do cemitério, alguns torcedores soltaram fogos de artifício.
O enterro estava previsto para o meio-dia, e acabou atrasando por causa da multidão que se aglomerou nas ruas. Antes do sepultamento, o padre Javier Mateo Arana fez uma cerimônia religiosa reservada a familiares e amigos.
O mausoléu onde Pelé será enterrado fica no primeiro andar do cemitério vertical, considerado o mais alto do mundo. A ideia inicial era de que o corpo ficasse em um jazigo no nono andar do cemitério, lugar que ele próprio havia escolhido em vida, por dar visão ao estádio da Vila Belmiro.
No mesmo local, também estão enterrados o pai de Pelé, João Ramos do Nascimento, o Dondinho, que morreu em 1996, e o irmão Jair Arantes do Nascimento, o Zoca. Contudo, diante do interesse público que o local do túmulo deve despertar, a família de Pelé concordou como sepultamento no mausoléu especial.
Cortejo
O cortejo pelas ruas de Santos começou por volta das 10h, após 24 horas de velório no gramado da Vila Belmiro, onde Pelé fez história com a camisa 10 do Santos. Mais de 230 mil pessoas passaram pelo local, além de celebridades e autoridades brasileiras e internacionais, como o presidente da Fifa, Gianni Infantino.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi ao velório na manhã desta terça-feira. Ele chegou por volta das 9h e ficou cerca de 20 minutos no local, acompanhado da esposa Rosângela da Silva, Janja. Após prestar condolências aos familiares, o petista deixou o estádio da Vila Belmiro.
Fãs aplaudiram a saída do caixão de Pelé da Vila Belmiro. O administrador de empresas Osmar Freitas, de 60 anos, foi o último torcedor a visitar o corpo de Pelé no gramado. Ele conta que saiu de São Paulo na madrugada desta terça-feira (3) e chegou na Vila por volta das 4h. Como o movimento estava tranquilo, ele disse que conseguiu passar pela fila e visitar o caixão cinco vezes.
Centenas de fãs
Do lado de fora da Vila Belmiro, enquanto retiravam corpo de Pelé do estádio, centenas de torcedores o aguardavam na saída. Eles entoavam cantos e aplaudiam o rei do futebol, alguns bastante emocionados.
Pelo menos 230 mil pessoas passaram pelo velório. Entre elas, autoridades do mundo do futebol, como os presidentes da Fifa, Conmebol e CBF, Gianni Infantino, Alejandro Dominguez e Ednaldo Rodrigues, respectivamente, e ídolos do passado e do presente do Santos Futebol Clube.
Fãs de todas as partes do país foram a Santos se despedir de Pelé, que morreu no último dia 29 após perder a batalha para o câncer do cólon. Pelé tinha 82 anos e ficou internado por um mês no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde faleceu.
A causa da morte, segundo o hospital, foi falência múltipla dos órgãos. Pelé lutou mais de um ano contra o câncer.
Sua mãe, dona Celeste, mora em Santos e, aos 100 anos, ainda não sabe da morte do filho, que é ídolo nacional e também fora do Brasil.
(*) Com informações de Metrópoles
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