(Foto: Divulgação/ hannatv)
Manaus – Corredores de Manaus se reuniram, na manhã deste domingo (4), no bairro Ponta Negra, zona Oeste da cidade, para exigir mais segurança no trânsito. O protesto foi motivado pela morte do atleta Emanuel da Costa Fernandes, de 26 anos, atropelado por um motorista embriagado durante uma competição realizada na quinta-feira (1), feriado do Dia do Trabalhador.
O acidente ocorreu por volta das 5h15, na Avenida Coronel Teixeira, minutos após o início da 1ª Corrida Nacional do Sesi. Cinco atletas foram atingidos pelo veículo, que invadiu a faixa destinada ao percurso da prova. O estado de saúde das demais vítimas ainda não foi divulgado.
Com balões brancos e cartazes, manifestantes prestaram homenagens a Emanuel e cobraram providências para tornar as vias da capital mais seguras para pedestres e esportistas. Amigos, familiares e corredores destacaram a trajetória do jovem e pediram justiça.
O atropelamento e a prisão do motorista
Conforme a Polícia Militar, os corredores ocupavam a faixa esquerda da avenida, devidamente sinalizada por cones, quando foram atingidos pelo carro em alta velocidade. O condutor do veículo, de 29 anos, foi preso ainda no local e encaminhado ao 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
Um teste de alcoolemia indicou que Valente apresentava 0,64 mg/l de álcool no sangue, quase o dobro do limite estabelecido como crime de trânsito. O delegado Ivo Martins informou que ele responderá por embriaguez ao volante e por lesão corporal contra cinco vítimas.
O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) manteve sua prisão após audiência de custódia realizada na sexta-feira.
Repercussão e pedidos por mudanças
O falecimento de Emanuel, confirmado pela família no sábado (3), gerou grande comoção na comunidade esportiva. O jovem chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital e Pronto-Socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado, mas não resistiu aos ferimentos e teve morte cerebral.
A tragédia reacendeu debates sobre a necessidade de fiscalização mais rígida e punições severas para motoristas que dirigem sob efeito de álcool. Participantes do protesto esperam que o caso sirva de alerta para reforçar medidas de proteção aos atletas e pedestres nas ruas da cidade.
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