Manaus, 3 de dezembro de 2024
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Manaus, 3 de dezembro de 2024

Política

CPI quebra sigilo bancário de Cauã Reymond, Tatá Werneck e Marcelo Tas

Os atores Cauã Reymond e Tatá Werneck e o apresentador Marcelo Tas fizeram publicidade para a Atlas Quantum, empresa que lesou clientes em R$ 2 bilhões.

CPI quebra sigilo bancário de Cauã Reymond, Tatá Werneck e Marcelo Tas

Cauã Reymond, Tatá Werneck e Marcelo Tas (Fotos: Cauã Reymond e Tatá Werneck - Reprodução/TV Globo. Marcelo Tas - Reprodução/TV Band)

Brasília (DF) – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras aprovou, na quarta-feira (23), a quebra do sigilo bancário dos atores Cauã Reymond, Tatá Werneck e Marcelo Tas, que fizeram publicidade para a Atlas Quantum. A empresa, que usava Bitcoins em operações financeiras, lesou clientes em R$ 2 bilhões.

A comissão tentou ouvir o depoimento dos artistas neste mês, mas amparados por habeas corpus concedidos pelo STF, eles não compareceram à reunião.

A medida, segundo o deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), é necessária para identificar se os atores receberam algum valor da empresa depois que ela encerrou suas atividades em agosto de 2019.

“Precisamos saber se, após o calote a milhares de vítimas, essas pessoas citadas recepcionaram dinheiro dessa empresa”, reforçou o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), acrescentando que a dúvida podia ter sido sanada de forma simples se os atores tivessem vindo à CPI.

Sigilo será quebrado

O sigilo será quebrado no período de 1º/1/18 a 31/12/19.

“É necessário, ainda, identificar se os investigados receberam seus pagamentos em forma de participação na sociedade ou nos lucros da mesma”, afirmou Bilynskyj.

O presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), defendeu a quebra do sigilo. “Todos os brasileiros são iguais. Não é porque é um artista, porque é uma celebridade, porque pode recorrer aos melhores advogados que vai ter privilégio nesta Casa.”

Alfredo Gaspar ressaltou ainda que muitas pessoas só investiram na Atlas Quantum porque confiaram na imagem desses artistas.

O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) foi o único parlamentar a criticar a quebra do sigilo, que ele considerou “prematura”. No requerimento aprovado ontem, a CPI também decidiu quebrar o sigilo da Atlas Quantum.

(*) Com informações da Agência Câmara Notícias