(Foto: Clóvis Miranda / Semcom)
Manaus (AM) – Após a repercussão sobre a viagem do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), e a primeira-dama, Izabelle Fontenelle Almeida, ao Caribe, durante o feriadão de Carnaval; o chefe do Executivo municipal se pronunciou pela primeira vez nessa quinta-feira (13).
David Almeida teria reconhecido que sua única falha foi “ir a um clube de festa e não à igreja”, destacando sua fé como evangélico adventista, denominação que prega a guarda do sábado. A publicação é do Portal A Crítica.
“Sim, recebi uma ‘chamada’ do meu irmão. De fato, errei ao ter aceitado o convite para ir a um clube, quando deveria estar na igreja. Esse foi meu único erro, e já me arrependi. O resto fica para o julgamento das pessoas”, justificou o prefeito.
A viagem gerou críticas acaloradas da oposição, que apontou a possibilidade de que os custos do passeio de David Almeida e de sua esposa, Izabelle Fontenelle — que comemorava aniversário na data —, tenham sido bancados por terceiros.
O prefeito, no entanto, negou as acusações e afirmou que a viagem foi custeada com recursos próprios.
Polêmica
A polêmica ganhou ainda mais força quando vídeos começaram a circular na internet, mostrando a primeira-dama festejando sobre uma mesa, ao lado de empresários que teriam acompanhado o casal na viagem.
Em resposta à repercussão, a equipe de comunicação da Prefeitura de Manaus emitiu uma nota oficial para desmentir o que classificam como “boatos”, que se espalharam rapidamente pelas redes sociais.
“A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), esclarece que a informação de que o prefeito David Almeida estaria em retiro espiritual durante o feriado de Carnaval não é verdadeira e jamais foi divulgada oficialmente por esta secretaria. A gestão municipal reforça ainda que o prefeito está em uma viagem agendada, de caráter pessoal, custeada de forma particular, e que seu afastamento das atividades institucionais seguiu o rito legal e oficial, por meio do ofício n.º 279/2025, encaminhado à Câmara Municipal de Manaus (CMM) no último dia 27 de fevereiro”, dizia a nota.
Apesar do esclarecimento, a controvérsia continua alimentando debates sobre a conduta do prefeito e os impactos políticos da sua viagem em meio a um cenário de desafios na capital amazonense, principalmente, porque nesse período em que esteve longe, a cidade passou por uma chuva torrencial, alagando as principais avenidas da cidade e trazendo prejuízos à população como desmoronamento, deslizamentos de barrancos, entre outros problemas.
Investigação
Devido às acusações de políticos da oposição sobre a viagem ao Caribe, incluindo vereadores e deputados federais, o Ministerio Público do Amazonas (MPAM) resolveu investigar o caso. Segundo o órgão, a investigação se dá em razão de possível custeamento com dinheiro público.
A apuração deve esclarecer se o deslocamento do chefe do Executivo municipal, como alegam as denúncias, teve as despesas custeadas por fornecedores que mantêm contratos vigentes com a prefeitura. Caso confirmadas, as condutas poderão se configurar como crimes de corrupção passiva, peculato, improbidade administrativa e lavagem de dinheiro, entre outros.
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